Da Redação
Com Lusa
O chefe da missão de observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) às eleições presidenciais deste dia 24 na Guiné-Bissau, Oldemiro Balói, considerou que o processo de votação foi “tranquilo, pacífico e ordeiro”, salvo “raríssimas exceções”.
Em declarações à agência Lusa e à RTP minutos antes do encerramento das urnas, às 17:00 locais (mesma hora em Lisboa), o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano referiu que “as urnas abriram a horas, o processo esteve muito bem organizado”.
De acordo com Oldemiro Balói, a missão da CPLP não tem conhecimento de “quaisquer atos de violência por parte dos eleitores” nem de “nenhum ato de repressão por parte das autoridades policiais”, que se “mantiveram quietas nos seus postos, garantindo a tranquilidade necessária”.
Questionado sobre que tipo de irregularidades foi detetada, Oldemiro Balói referiu a contestação sobre a posição das cabines de votação com as pessoas a reclamarem “mais privacidade”, porque isso “podia dar azo a que as pessoas pudessem fotografar os votos para fins inconfessáveis”.
No entanto, estes “foram casos pontualíssimos” que “não caracterizam a votação” e “nada que possa manchar o processo”.
Oldemiro Balói saudou ainda a “atitude correta dos eleitores, dos candidatos de um modo geral e a festa” que acabou por ser o processo de votação.
O relatório final da missão de observadores da CPLP será divulgado na terça-feira.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Além da missão da CPLP, composta por 23 elementos, estão na Guiné-Bissau 54 observadores da União Africana, 60 da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e 47 dos Estados Unidos da América.
Várias organizações da sociedade civil guineense lançaram também uma plataforma para monitorizar o escrutínio.
As urnas encerraram às 17:00, mas estarão abertas até que vote a última pessoa que estava na fila a essa hora.
Mais de 760 mil eleitores foram chamados a votar nas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, escolhendo entre 12 candidatos quem irá suceder a José Mário Vaz, que se recandidata ao cargo.