Eleições Legislativas: Projeções dão abstenção entre 40% e os 54%

Mundo Lusíada com Lusa

Mais de 10 milhões de portugueses foram chamados às urnas este domingo para escolher a nova formação do parlamento português.

 As projeções das televisões para a abstenção nas eleições legislativas situam-se entre os 40% e os 54%.

A RTP avançou às 19:00 uma previsão de abstenção de 49% a 54%, a SIC com 45% a 49% e a CNN entre os 40% e os 44%.

Os valores da abstenção, segundo as projeções divulgadas pela CMTV, devem ficar entre os 47% a 50%.

Nas eleições antecipadas de hoje puderam votar 10.820.337 eleitores – mais 9.808 do que nas anteriores legislativas, em 2019 – para eleger os 230 deputados à Assembleia da República.

De acordo com informação do Ministério da Administração Interna, às 16:00 de hoje a afluência média às urnas nas eleições legislativas era estimada em 45,66%, o que correspondia a 4,17 milhões de votantes.

Nas eleições legislativas de 2019, a taxa de abstenção atingiu o recorde de 51,43%.

Concorrem a estas eleições legislativas antecipadas 21 forças políticas, o mesmo número do que em 2019, mas apenas 13 concorrem em todos os círculos eleitorais.

Abstenção

 A abstenção nas eleições de hoje deverá ser menor que a registada nas anteriores legislativas. Estes valores não incluem os eleitores residentes no estrangeiro, cuja participação e escolhas são conhecidas mais tarde.

A abstenção em legislativas tem vindo sempre a subir desde 25 de abril de 1975 (o menor valor, de 8,34%) até à mais recente votação do gênero, em 06 de outubro de 2019 (o mais alto registo, de 51,43%).

Mais de 4,9 milhões de eleitores tinham votado até às 16:00 deste domingo, representando 45,66% dos 10.820.337 eleitores inscritos, revelou o Ministério da Administração Interna (MAI).

Nas últimas eleições legislativas, realizadas em 06 de outubro de 2019, tinham votado mais de quatro milhões de pessoas no mesmo período, representando 38,59% dos eleitores inscritos.

Isolados

Portugal tem hoje entre 671.500 e 783.600 eleitores isolados devido à pandemia de covid-19, de acordo com números adiantados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) à Lusa.

“Estarão em confinamento entre 1.014.600 e 1.176.800 pessoas, das quais entre 671.500 e 783.600 pessoas com 18 ou mais anos”, lê-se numa resposta da DGS a questões colocadas pela agência Lusa.

Tendo em conta a atual situação da pandemia de covid-19, o Governo decidiu que estes eleitores poderiam votar presencialmente, recomendando aos eleitores em isolamento que exercessem o seu direito entre as 18:00 e as 19:00.

A DGS explica que “o número de pessoas infetadas nos últimos sete dias foi de, aproximadamente, 390 mil (com 18 ou mais anos, 271.800) e nos últimos 10 dias 552.200 (com 18 ou mais anos, 383.900), pelo que o número de pessoas isoladas situa-se entre estes dois valores”.

Adicionalmente, “as pessoas com estado de vigilância ativa no sistema, com indicação para isolamento profilático, correspondem a cerca de 624.600, das quais 399.700 com 18 ou mais anos”, refere a DGS.

“O valor de casos ativos apresentado no boletim de hoje, dia 30 de janeiro – cerca de 597.800 – corresponde ao número de pessoas infetadas que ainda não têm o estado de recuperado registado no sistema”, acrescenta-se.

“No entanto, o estado de recuperação pode não corresponder exatamente ao momento em que o caso deixa de estar em isolamento. Esta diferença ocorre porque o certificado de recuperação é emitido 11 dias após a realização de teste laboratorial de diagnóstico com resultado positivo, enquanto que, na maioria dos casos, em que as pessoas não têm sintomas ligeiros ou são assintomáticas, são cumpridos sete dias de isolamento”, esclarece ainda a entidade dirigida por Graça Freitas.

Portugal registrou 45.335 novas infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, mais 29 mortes associadas à covid-19 e um substancial aumento nos internamentos em enfermaria, indicam os números divulgados hoje pela DGS.

2 comentários em “Eleições Legislativas: Projeções dão abstenção entre 40% e os 54%”

  1. Será o VOTO DO ESTRANGEIRO que, pela primeira vez, decidirá (ou não) uma maioria absoluta. Penso que isto é inédito!
    Após toda a confusão com o envio dos boletins de voto – que, conste, apesar da iniciativa de acompanhamento do recebimento do envio do CTT, NÃO SE PODE ACOMPANHAR O CAMINHO INVERSO, POIS ESTE FICA À CARGO DOS CORREIOS LOCAIS (coitados de nós que residimos no Brasil…) – SERÁ A DIÁSPORA QUE TERÁ O PAPEL DECISIVO NO FUTURO DE PORTUGAL!
    E atenção, muita atenção ao procedimento dos votos pelos Correios – no fim das contas, a decisão da maioria ou não ficará a cargo, vejam, dos correios estrangeiros (!!!) e não propriamente da SGMAI ou da República Portuguesa!
    Que não se repita as eleições americanas de 2020…

    No mais, viva a Diáspora!
    “…e se mais Mundo houvesse, lá chegara”

  2. Peço que o moderador desconsidere o comentário anterior, a página que acompanhei estava desatualizada. Infelizmente teremos maioria súcia-lista. Ao menos teremos uma nova oposição e não um paquidérmico Bloco Central.

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