Da Redação
Com agencias
Portugal vai passar a poder exportar citrinos e uvas de mesa para os 200 milhões de consumidores do Brasil, anunciou o Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas numa conferência de imprensa conjunta com o Vice-Presidente do Brasil, no final de uma visita de três dias de Michel Temer a Portugal, durante a qual foi recebido pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e pelo Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho.
O Vice-Primeiro-Ministro destacou a abertura do mercado brasileiro para produtos, empresas e marcas portuguesas do setor agrícola, explicando que alguns processos de certificação de exportações pendentes foram desbloqueados através da intervenção do Vice-Presidente brasileiro. Portugal tinha apresentado há dois anos um pedido de exportação de citrinos e uvas de mesa, que foi desbloqueado agora pelo Ministério da Agricultura brasileiro.
O Vice-Primeiro-Ministro e o Vice-Presidente mantiveram um encontro de alto nível que consagrou, uma vez mais, o excelente nível do relacionamento estratégico luso-brasileiro e confirmou a determinação e disponibilidade de ambos os países para aprofundarem os seus laços de cooperação, nomeadamente nos sectores da ciência, ensino superior, tecnologia e inovação, energia, ambiente, saúde, agroalimentar e indústrias culturais.
Os dois Governos reconheceram a relevância da vertente econômico-comercial do relacionamento luso-brasileiro, tendo sublinhado a importância de continuar a fomentar as trocas comerciais e os fluxos bilaterais de investimento, tendo Paulo Portas destacado o interesse de Portugal em receber investimento brasileiro, paralelamente à internacionalização das empresas portuguesas no Brasil, refletido no memorando de entendimento entre a AICEP e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil.
As trocas comerciais entre Portugal e o Brasil cresceram “algumas centenas de milhões de euros, mas não cresceram ainda o suficiente e sobretudo não cresceram ainda o possível”, disse Paulo Portas, acrescentando que “os dois Governos estão a trabalhar na criação de um observatório de comércio e investimento que, de uma forma flexível, não burocrática, permita avaliar oportunidades, resolver problemas e acompanhar as empresas que fazem investimentos de um lado e de outro, para que os Estados, as administrações e as burocracias não se transformem em adversários do crescimento ou adversários do investimento”, conforme publicou o Mundo Lusíada.
Foi ainda apresentada, por Portugal, uma proposta de memorando de entendimento no domínio da energia e dos recursos geológicos.