TAP: Auditoria critica participação na manutenção no Brasil e sugere envio de relatório ao MP

Da redação com Lusa

 

A auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) às contas da TAP critica a participação no negócio de manutenção no Brasil, afirmando que a racionalidade econômica não foi demonstrada e que se perspetivam “perdas muito significativas”.

No documento, a que a Lusa teve acesso e que foi avançado esta noite pela SIC, a IGF sugere o envio do relatório, “após homologação, ao Ministério Público”.

“Não se encontra demonstrada a racionalidade económica da decisão da administração da TAP, SGPS, de participar no negócio da VEM/TAP ME Brasil e, posteriormente, de não aceitar uma proposta da GEOCAPITAL, de 23/01/2007, de renegociar a parceria no sentido, designadamente, de partilhar riscos e encargos, tendo, ao invés, optado pelo reforço da sua posição na VEM, sem orientações das tutelas ou da acionista Parpública nesse sentido, ficando acionista única da Reaching Force e detentora de 90% do capital da VEM”, lê-se no documento.

“Perspetivam-se perdas muito significativas com aquele negócio pela não recuperabilidade dos valores envolvidos, que, até 2023, ascendiam a 906 milhões de euros”, segundo o relatório.

 

Lucros

No dia 29, a TAP informou que terminou o primeiro semestre de 2024 com um resultado liquido positivo de 400 mil euros, abaixo dos 22,9 milhões do primeiro semestre de 2023, e só possíveis graças aos 72,2 milhões conseguidos entre abril e junho.

Em comunicado, a transportadora aérea nacional destaca que teve um lucro de 72,2 milhões de euros no segundo trimestre de 2024 e que este resultado liquido positivo permitiu fechar os primeiros seis meses do ano com um lucro de 400 mil euros.

No entanto, quando comparado com o período homólogo de 2023, o lucro dos primeiros seis meses do ano ficam 98,3% abaixo dos 22,9 milhões de euros de resultados líquidos conseguidos entre janeiro e junho de 2023.

A mesma análise feita aos resultados trimestrais mostra que, apesar dos resultados positivos, a TAP sofreu uma quebra de 10,1% entre os 80,3 milhões de euros alcançados no segundo trimestre de 2023 e os 72,2 milhões de euros no segundo trimestre de 2024.

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