Da Redação com Lusa
Portugal conta com 4.073 ‘startups’ que geram 2,3 mil milhões de euros de volume de negócios e 1,3 mil milhões de euros em exportações, sendo ainda responsáveis por 25 mil empregos, segundo a Startup Portugal, IDC e Informa D&B.
Em comunicado, as entidades deram conta destes dados, que resultam “da atualização dos critérios para a definição de ‘startup’ feita em parceria com a Startup Portugal, IDC e Informa D&B, no âmbito da Web Summit.
Assim, segundo os dados apresentados, “desde o início da última década, a criação de ‘startups’ cresceu em todos os anos, com exceção de 2020”, sendo que “este crescimento tem vindo a intensificar-se e 70% do total das atuais ‘startups’ foram criadas nos últimos cinco anos, com 2021 e 2022 a atingirem os máximos”, com 600 e 706, respetivamente.
A maioria destas empresas, 84%, são de serviços intensivos em conhecimento de alta tecnologia, lê-se na mesma nota.
“Em termos setoriais, a maior parte das ‘startups’ (3.278) pertencem às tecnologias de informação e comunicação, a que correspondem 61% do volume de negócios total”. Por sua vez, apesar de serem bastante menos, “as ‘startups’ do setor industrial correspondem a um volume de negócios significativo de 26%”, de acordo com o comunicado.
Segundo os dados, 35% são exportadoras, “percentagem bastante superior à média do tecido empresarial, que é de 11%”, sendo que os 1,3 mil milhões de euros de negócio com outros países são fundamentais “para as ‘startups’ exportadoras, representando 57% de toda a sua faturação, e 5% do total das exportações de serviços das empresas”.
Mais de metade destas empresas está concentrada em Lisboa e Porto e cresceram, entre 2019 e 2022, em volume de negócios 24,4%, “uma percentagem muito superior aos 9,1% quando considerada a totalidade do tecido empresarial”, tendo gerado “um crescimento do emprego em 17%, um valor que na generalidade do tecido empresarial ficou nos 1,6%”.
No que diz respeito à remuneração média, nestas empresas “é de cerca de 1.700,00 euros por empregado, um valor superior em 37% à média de todas as empresas portuguesas”.
70 mil participantes
A Web Summit, considerada uma das maiores cimeiras tecnológicas do mundo, anunciou que o evento contou com 70.236 participantes de 153 países, com 2.608 ‘startps’, o maior recorde de sempre.
“A Web Summit trouxe 70.236 participantes de todo o mundo ao Altice Arena, em Lisboa, para discutir e debater ideias sobre o futuro”, refere a organização, em comunicado.
De acordo com a Web Summit, 43% dos participantes da edição deste ano em Lisboa são mulheres e que 38% (maior número de sempre) dos oradores são do género feminino.
Das 2.608 ‘startups’ presentes na cimeira tecnológica, “quase um terço” foram fundadas por mulheres.
O grupo de presidentes executivos (CEO), ‘startups’, investidores, media, reguladores e criativos irá participar em 1.180 reuniões de investidores, 70 ‘masterclasses’, 17 rondas de competições Pitch, 25 eventos noturnos e festas Night Summit na cidade de Lisboa, adianta a Web Summit.
O evento “expandiu de forma criativa” o espaço do evento em “5% para aproximadamente 215.000 metros quadrados – o equivalente a 1.099 campos de ténis”.
Com um recorde de sempre de ‘startups’, as mais de 2.600 são provenientes de 93 países e representam mais de 30 diferentes indústrias.
Mais de 250 ‘startups’ participaram na Web Summit como parte do programa Impact – que trabalham para ter um impacto positivo nas suas comunidades, indústrias e ecossistemas.
A edição deste ano contou com 321 parceiros globais e 32 países enviaram as suas delegações de investimento estrangeiro – representando países da Europa, Ásia, América do Norte e do Sul – assim como 17 agências de investimento regional e local.
Em termos de investidores, somaram-se 906 de 52 países.