Da Redação
Com Lusa
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,6% no segundo trimestre deste ano relativamente ao mesmo período do ano passado, registrando-se também uma melhoria dos indicadores de clima e confiança para Portugal.
Na análise de conjuntura do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), a instituição indica que, “com base nos dados quantitativos disponíveis, estima-se em 2,6% o crescimento homólogo do PIB no segundo trimestre de 2018”.
Este crescimento foi de 0,8% em relação ao trimestre anterior, acrescenta aquela instituição.
Em termos anuais, o ISEG mantém “a previsão para o crescimento anual no intervalo 2,2 a 2,6%, que apenas será objeto de eventual revisão em setembro, depois de conhecida a informação mais detalhada do INE [Instituto Nacional de Estatística] sobre o crescimento no segundo trimestre”.
Ainda no segundo trimestre de 2018, “os valores dos indicadores de clima e confiança para Portugal evidenciam, em geral, uma melhoria depois de uma evolução menos positiva durante o trimestre”, refere a análise conhecida.
Falando nos diferentes setores de atividade, o ISEG aponta que o indicador de confiança do comércio a retalho decresceu enquanto os indicadores de confiança dos serviços, construção e indústria subiram em relação ao mês anterior.
“Em média trimestral, com a exceção do indicador de confiança da construção, que subiu de forma pronunciada”, precisa.
Por seu lado, o indicador de confiança dos consumidores caiu em junho, face ao mês anterior, mas em termos de médias trimestrais registou uma subida do primeiro para o segundo trimestre, “regressando a níveis historicamente elevados”, observa o ISEG.
Já o indicador de tendência, que tem por base todos os anteriores, “acelerou em maio, depois de ter decrescido entre setembro e abril”, nota a análise hoje divulgada por esta instituição.
“Em termos de componentes da Procura Interna, a evolução detetada em abril e maio sugere que, no segundo trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo terá crescido mais do que no primeiro trimestre, sobretudo devido à componente de Construção, cujo crescimento fora limitado, no primeiro trimestre, por razões de calendário e meteorológicas”, explica o ISEG.
Relativamente ao Consumo Privado, “o mais provável parece ser um ritmo de crescimento igual ou ligeiramente inferior ao registado no primeiro trimestre”, com o crescimento da Procura Interna no segundo trimestre a ficar “próximo do registado no primeiro trimestre (2,5%)”, estima.
Já a Procura Externa Líquida em abril e maio “é bastante mais favorável, em termos nominais, do que a observada no primeiro trimestre”.
“E se no primeiro trimestre as Importações de bens cresceram bastante mais do que as Exportações, nos dois primeiros meses do segundo trimestre verificou-se o inverso”, justifica o ISEG, ressalvando que ainda não existe informação relativa a junho.
Aquela instituição conclui que “é bastante provável que o contributo da Procura Externa Líquida para o crescimento do PIB no segundo trimestre tenha sido positivo, ao contrário do verificado no primeiro trimestre”.