Da Redação
Com Lusa
As taxas de juro para novos empréstimos para empresas desceram em junho, com os juros dos empréstimos de menor valor a atingirem um mínimo histórico, enquanto as taxas para novos empréstimos à habitação subiram, segundo o Banco de Portugal.
De acordo com dados divulgados, em junho a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a empresas foi de 2,36%, o que representa uma diminuição base face à taxa de 2,46% do mês anterior.
Esta descida refletiu a diminuição das taxas de juro nas operações abaixo de um milhão de euros para 2,65% (contra 2,83% em maio), que atingiram um mínimo histórico da série.
Por outro lado, nas novas operações de crédito a particulares para habitação, a taxa de juro média aumentou para 1,45% (de 1,41%), enquanto no crédito ao consumo e para outros fins as taxas de juro médias foram de 7% (7,21% em maio) e 3,62% (3,98% em maio), respetivamente.
Os volumes de novas operações para habitação, consumo e outros fins totalizaram, respectivamente, 990 milhões de euros, 419 milhões de euros e 146 milhões de euros.
Crédito arriscado
O BP também divulgou que o crédito malparado das famílias e das empresas diminuiu para 12.400 milhões de euros em junho face ao mês anterior, representando 6,62% do total dos empréstimos concedidos.
No final de junho o total de empréstimos concedidos pela banca às famílias e às empresas totalizava 187.215 milhões de euros, dos quais 12.400 milhões de euros eram considerados créditos vencidos, o equivalente a 6,62% do total dos empréstimos.
O malparado das empresas e famílias tem vindo a descer praticamente todos os meses desde o final de 2016, depois de ter representado mais de 9% do total dos empréstimos concedidos. Desde março deste ano representa menos de 7% do total dos créditos.
A redução dos empréstimos vencidos nas empresas, que desceram de 8.626 milhões de euros para 8.302 milhões de euros no último mês do ano, justifica a maior parte da queda de 527 milhões de euros do montante de crédito malparado entre maio e junho.
Em junho, o crédito de cobrança duvidosa nas empresas passou a representar 11,49% do total de 72.236 milhões de euros de créditos concedidos, quando no mês anterior significava 11,87% dos 72.700 milhões de euros emprestados.
Já quanto aos créditos atribuídos às famílias houve uma diminuição 203 milhões de euros do malparado em junho face a maio, para 4.098 milhões de euros, passando a representar 3,56% do total de 114.979 milhões de euros emprestados pela banca às famílias.
No final de maio, o crédito de cobrança duvidosa nas famílias totalizava 4.301 milhões de euros, o que representava 3,74% do total concedido (114.891 milhões de euros) nesse mês.
Dos empréstimos a particulares, 92.837 milhões de euros correspondiam a créditos à habitação em junho, dos quais 2,04%, ou seja, 1.894 milhões de euros eram de cobrança duvidosa, o que representa uma descida face a maio (2,15%).