Da Redação
A Comissão Europeia reviu em alta as previsões de crescimento para Portugal. Em vez de 1%, Bruxelas espera agora que a economia portuguesa cresça 2,4% este ano, e 1,8% em 2024.
Segundo as novas projeções divulgadas esta segunda-feira, Portugal vai crescer significativamente acima da média da União Europeia e da Zona Euro. Apesar de os parceiros europeus também terem agora melhores perspectivas, a Comissão Europeia espera um crescimento de 1% para a UE e de 1,1% para os países da moeda única, este ano. Para 2024, a expectativa é de um crescimento de 1,7% na UE e 1,6% na zona euro.
Quanto à inflação, Bruxelas espera um abrandamento da subida de preços em Portugal este ano, embora antecipe ainda um valor elevado. A expectativa é de um índice harmonizado de preços de 5,1%, um valor que iguala a previsão do Governo.
Continuar a pedalar
O primeiro-ministro afirmou hoje que as previsões econômicas da Comissão Europeia são uma boa notícia para Portugal, mas advertiu que é preciso “continuar a pedalar” para a economia portuguesa manter a sua trajetória.
Esta posição foi transmitida por António Costa no final da reunião de trabalho com a primeira-ministra islandesa, Katrin Jakobsdotti, depois de interrogado sobre as previsões para a economia portuguesa.
“As previsões efetivamente sinalizam uma expectativa de crescimento mais forte do que aquela que se antevia anteriormente. Portanto, significa que podemos manter a trajetória que temos seguido no sentido de reforçar o impacto da economia na vida dos portugueses”, declarou o primeiro-ministro à agencia Lusa.
Perante esta “boa notícia” de Bruxelas, o líder do executivo português voltou a usar a imagem da bicicleta para a aplicar à economia e para combater uma ideia de conformismo.
“Quando temos uma boa notícia na economia, isso não nos deve fazer descansar. Pelo contrário, deve fazer-nos compreender o seguinte: Tal como nas bicicletas, ou continuamos a pedalar e a economia continua a crescer, ou se paramos então a bicicleta não anda e até pode mesmo descarrilar”, disse.
Por isso, para António Costa, “a solução é mesmo continuar a pedalar para que a economia continue a dar bons resultados, traduzindo-se numa melhoria da qualidade de vida dos portugueses”.