Depois de hotéis e restaurantes, Portugal pode alargar certificado a atividades encerradas

Da Redação com Lusa

O Governo português equaciona alargar o uso de certificado digital ou teste negativo para acesso a outras atividades afetadas pelos encerramentos devido à covid-19, segundo o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

“Parece que há a possibilidade de alargar esta experiência a outras atividades”, adiantou, explicando que à medida que a vacinação progride o objetivo é “utilizar outras formas de gerir a situação epidemiológica”.

Na semana passada, o Governo aprovou em Conselho de Ministros que os restaurantes em concelhos de risco elevado ou muito elevado vão passar a ter de exigir certificado digital ou teste negativo à covid-19 a partir das 19:00 de sexta-feira, aos fins de semana e feriados para refeições no interior.

Além disso, determinou o executivo, o acesso a estabelecimentos turísticos e de alojamento local em todo o território continental vai passar a estar sujeito à existência de certificado digital ou teste negativo por parte dos clientes.

“Nós sabemos que em muitos países europeus é isso que se está a passar. Para aceder a um ginásio, museu, concerto ou hotel é preciso um certificado ou teste”, recordou Siza Vieira.

“Ainda não estamos a pensar num alargamento desta natureza” e sim em abranger “atividades que se mantêm encerradas” e “se a população estiver satisfeita” assegurar “um funcionamento nestas condições”, referiu.

Questionado sobre os bares e discotecas, que se mantêm encerrados, o ministro não se quis comprometer com datas, apontando antes para atividades como “parques aquáticos e outro tipo de atividades em que faz sentido pensar se podemos abrir com certificado ou teste negativo”.

O ministro reconheceu ainda que as medidas foram aplicadas em cima da hora e geraram “algum incômodo” e “dificuldades de interpretação, dúvidas e questões a que o Governo foi tentando responder”.

Tecnologia

Nesta semana, o ministro defendeu as tecnologias digitais e os investimentos continuados em novas atrações para “uma melhor experiência para milhões de pessoas que estão ansiosas por voltar a fazer turismo”.

No Centro de Congressos da Alfândega do Porto, num fórum organizado para debater o turismo e o futuro das cidades, o Ministro destacou também a importância de aproveitar esta oportunidade para relançar o turismo urbano com um foco na sustentabilidade, na inovação e na inclusão.

“É tempo de refletir na importância da gestão do fluxo de turismo nas nossas cidades”, acrescentou Pedro Siza Vieira, corroborando a ideia-chave transmitida pelo Secretário-Geral da Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas, Zurab Pololikashvili, que afirmou que “o regresso dos turistas às cidades um pouco por todo o mundo vai trazer mais do que apenas emprego e recuperação econômica”.

Durante o fórum, foi assinada uma declaração para o turismo e declaração das cidades que reafirma o compromisso de promover o crescimento do setor de um modo sustentável e responsável.

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