Cimeira entre Portugal e o Brasil será em 2022, diz MNE

Mundo Lusíada
Com Lusa

A Cimeira Portugal/Brasil deverá ocorrer em 2022, ano em que se celebra o bicentenário da independência brasileira e o centenário da travessia aérea de Gago Coutinho e Sacadura Cabral, segundo o chefe da diplomacia portuguesa.

Augusto Santos Silva, que falava numa audição presencial, a requerimento do Partido Social Democrata (PSD), na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas da Assembleia da República, disse que a pandemia da covid-19 assim o determina.

“A cimeira esteve prevista para janeiro deste ano, mas deverá realizar-se em 2022, ano em que se celebram duas efemérides. Estamos a prepará-la em conjunto”, sublinhou Santos Silva.

As efemérides são o bicentenário da independência do Brasil, 07 de setembro de 1822, e o centenário da travessia aérea do Atlântico Sul, entre os dois países, feita pelos portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, viagem iniciada a 30 de março e terminada a 17 de junho de 1922, com paragens nas Canárias e em Cabo Verde.

Estrangeiros

O ministro garantiu ainda que não existem residentes em Portugal em tratamento de covid-19 no estrangeiro e destacou a cooperação intra-europeia que tem mostrado “grande solidariedade” no combate à pandemia do novo coronavírus.

“Não há nenhum [residente em Portugal em tratamento à covid-19 no estrangeiro). Não há necessidade, felizmente, de ter isso agora em conta”, sublinhou Santos Silva.

Sobre o regresso de “muitas dezenas” de portugueses, residentes em Portugal, que se encontram no Brasil, Santos Silva lembrou que está previsto para sábado próximo um “voo humanitário” entre Lisboa e São Paulo para o fazer, ligação acertada pelos Governos dos dois países, uma vez que estão suspensas as ligações aéreas devido à estirpe brasileira do novo coronavírus.

No entanto, Santos Silva, insistiu nas recomendações feitas pelo Governo na primavera de 2020 para que se evitassem as viagens não essenciais, sugestão que passou mais tarde a proibição internacional de circulação de portugueses, face ao surgimento de novas variantes do novo coronavírus, sobretudo no Reino Unido, Brasil e África do Sul.

“As exceções são claras e apenas podem viajar por razões de força maior”, sublinhou, adiantando que, para já, não estão previstos mais “voos humanitários” entre Portugal e Brasil, a menos que haja justificação para tal.

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