Economia lusa cresce mas “é preciso mais” diz presidente de Portugal

Da Redação
Com agencias

O Presidente português afirmou que o crescimento econômico de 2,9% no segundo trimestre é “uma boa notícia” e que Portugal vai “no caminho correto”. Mas “é preciso mais”, apontando a meta dos 3%.

“É uma boa noticia, vamos no caminho correto e ainda bem que vamos. No entanto, eu penso que é preciso mais, é preciso um pouco mais. Eu tenho falado em 3% ou acima de 3%”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, na Póvoa de Lanhoso, à margem da cerimônia que assinalou os 100 anos do Hospital da Misericórdia local.

O chefe de Estado alertou que é “sobretudo preciso ir acompanhando não só o que se passa lá fora” mas também a evolução da economia nacional até ao final de 2017.

A economia portuguesa cresceu 2,9% no segundo trimestre deste ano em termos homólogos e 0,3% face ao trimestre anterior, de acordo com os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Nas contas nacionais trimestrais relativas ao segundo trimestre deste ano, o INE reviu em alta o cálculo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da economia portuguesa face à estimativa rápida que tinha divulgado em 14 de Agosto.

NO BOM CAMINHO
Também o Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o crescimento continuado da economia “é muito encorajador”, mostrando que a política do Governo, “quer no emprego, quer no crescimento, quer nas exportações, quer sobretudo no investimento, está a dar muito bons resultados”.

“Tão ou mais encorajador do que termos este crescimento neste segundo trimestre é o facto de o investimento ter tido um crescimento superior a 9%, porque este investimento vai representar um aumento da produção”, sendo um indicador avançado do crescimento futuro, indicou.

Isto “significa que estamos no bom caminho e é preciso continuar a trabalhar”, sublinhou, acrescentando que este crescimento continuado deve motivar, mas não deve deixar o Governo tranquilo. O crescimento da economia também “desmente alguns preconceitos relativamente à inversão de políticas iniciadas há ano e meio”, disse.

O Primeiro-Ministro destacou que “pela primeira vez depois da adesão ao euro, nos últimos nove meses, crescemos acima da União Europeia”, acrescentando que o País “não pode aceitar que estes nove meses tenham sido uma exceção», devendo antes ser «o princípio de uma década de convergência” com a União Europeia.

O Primeiro-Ministro disse que as empresas, as instituições e o Estado devem começar já a trabalhar nos projetos de investimento pós 2020, para que não se percam anos na transição de um quadro comunitário para outro. Para isto, é fundamental que o trabalho de discussão do quadro de financiamento europeu pós-2020 seja alargado ao Conselho Econômico Social, à indústria, às universidades, aos politécnicos, e aos autarcas.

“É absolutamente essencial que a partir do dia 1 de outubro, com a legitimidade renovada pelas eleições autárquicas, os próximos autarcas sejam parceiros fundamentais no desenho do Portugal pós-2020, desde logo participando na escolha dos responsáveis pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional, de forma a que o próximo quadro comunitário de apoio não seja um quadro desenhado centralmente em Lisboa, não seja um quadro desenhado tecnocraticamente nos gabinetes, mas, pelo contrário, corresponda efetivamente a um grande pacto nacional”, afirmou ainda.

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