Da redação com Lusa
A Economia brasileira recuou 0,1% no segundo trimestre do ano na comparação com o primeiro trimestre, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O órgão de estatísticas do Governo brasileiro destacou na divulgação dos dados que o “resultado indica estabilidade e vem depois de três trimestres positivos seguidos de crescimento” e acrescentou que a economia brasileira se manteve no patamar antes da pandemia.
“Frente ao mesmo trimestre de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 12,4%. No primeiro semestre, o PIB acumula alta de 6,4%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em junho de 2021, o PIB cresceu 1,8%”, destacou o IBGE.
Em valores correntes, o PIB brasileiro, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, chegou a 2,1 biliões de reais (cerca de 345 mil milhões de euros na cotação atual).
No segundo trimestre do ano, a maior queda foi registada no setor da agropecuária (-2,8%), seguida pela indústria (-0,2%). O setor de serviços cresceu 0,7%.
Na agropecuária, setor que ajuda muito o PIB brasileiro, o resultado foi negativo devido a problemas na colheita do café.
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou uma queda de (-3,6%), a despesa de consumo das famílias ficou estável (0,0%). Já a despesa de consumo do Governo brasileiro cresceu 0,7% face ao trimestre imediatamente anterior.
“Apesar dos programas de auxílio do Governo [brasileiro], do aumento do crédito a pessoas físicas e da melhora no mercado de trabalho, a massa salarial real vem caindo, afetada negativamente pelo aumento da inflação. Os juros também começaram a subir. Isso impacta o consumo das famílias”, observou num comunicado Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE.
No setor externo, as exportações brasileiras cresceram 9,4%, crescimento que foi explicado, principalmente, pela colheita de soja estimulada por preços favoráveis.
Por outro lado, as importações caíram 0,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano.
A taxa de investimento no Brasil segundo trimestre de 2021 foi de 18,2% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,1%).
Já a taxa de poupança no país sul-americano foi de 20,9% no segundo trimestre de 2021, face aos 15,7% registados no mesmo período de 2020.