Duas companhias aéreas da SATA nos Açores fecham semestre com prejuízo de 27 ME

Da Redação
Com Lusa

As duas companhias aéreas da SATA registraram no primeiro semestre de 2019 um prejuízo de 27,9 milhões de euros, cabendo à Azores Airlines – que voa de e para fora dos Açores – a maior fatia (25,4 milhões).

Em conferência de imprensa tida em Ponta Delgada, o presidente do conselho de administração da SATA, António Teixeira, adiantou ainda que o prejuízo da SATA Air Açores, que faz as ligações entre as nove ilhas do arquipélago, foi de 2,5 milhões de euros.

“Os resultados obtidos ficaram aquém do esperado”, reconheceu o gestor, atribuindo tal a “fatores externos e circunstanciais” e também uma “consequência da fase de estabilização operacional” em que se encontra o grupo.

Os voos operados em regime de ACMI (regime de aluguer de aeronave com tripulação) “por mais tempo que o esperado”, a “imobilização prolongada” da aeronave Airbus A320 e diversas “manutenções não planeadas” são alguns dos motivos que levaram ao depreciar das contas.

No que refere a lugares oferecidos entre janeiro e junho, estes foram de 509 mil, número semelhante ao de 2018, mas houve uma “melhoria de 6,7% na taxa de ocupação”, com “quase mais 10% que os lugares utilizados” em igual período de 2018.

Sem uma recapitalização e a “implementação cabal” de várias medidas, admitiu ainda António Teixeira, o grupo SATA “terá sérias dificuldades em apresentar resultados positivos”, o que condicionará um “serviço de transporte aéreo mais eficiente e competitivo”.

Em 2018, a SATA registou um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.

Na apresentação das contas de então, o presidente da empresa manifestou a intenção de baixar os prejuízos em 2019 para cerca de metade do registado em 2018, o que, hoje, foi já assumido como um “compromisso comprometido”.

Nos últimos meses, houve um “levantamento exaustivo da situação econômica e financeira do grupo”, acrescentou ainda António Teixeira, para quem os “imponderáveis” na SATA, que opera no ramo da aviação, são “sempre de difícil resolução operacional”.

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