Da Redação
O Governo português aprovou, por via eletrônica, uma resolução que define a estratégia e prazo para a quinta geração de comunicações móveis (5G).
“Esta estratégia visa assegurar que a quinta geração móvel seja um instrumento de desenvolvimento e competitividade da nossa economia, de coesão social e territorial, de melhoria e transformação do nosso modo de vida, de inovação social e da qualidade dos serviços públicos” divulga o governo.
Na Conferência de Imprensa após o final do Conselho de Ministros, o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, referiu que “esta é uma evolução tecnológica com um impacto tremendamente grande”.
“Estamos a falar de uma transmissão mais rápida, de um volume de dados de 100 vezes mais rápido” e de “um milhão de dispositivos por quilômetro quadrado”, explicou.
Leilão do espectro e incentivo às empresas
Sobre o procedimento de atribuição do espectro – que será definido pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) – Pedro Nuno Santos referiu que a estratégia do Governo será a de incentivo às empresas candidatas.
“Para nós o que é fundamental é que as nossas empresas consigam as licenças, tenham a capacidade e invistam na qualidade do serviço e na cobertura em particular”, disse o Ministro, acrescentando que o objetivo principal “não é a maximização das receitas” mas sim o propósito de financiar a transição digital, que é um dos pilares do Governo.
Calendário e Implementação
Relativamente à implementação da rede 5G, Pedro Nuno Santos disse que União Europeia definiu que Portugal deve ter pelo menos uma cidade com cobertura 5G até final de 2020. O Governo pretende contudo que, em igual período, existam duas cidades portuguesas com este tipo de cobertura móvel, uma delas no interior.
A cobertura, até 2023, de todos os estabelecimentos de saúde e aeroportos e a utilização da 5G por 90% da população, até 2025, foram outras das metas apresentadas pelo Ministro.
O Secretário de Estado da Transição Digital, por sua vez, destacou o fato deste processo garantir a coesão territorial, para que “não haja o acentuar das assimetrias regionais”.
André de Aragão Azevedo disse também que há uma preocupação do Governo em permitir que o 5G “permita alavancar a estimular outras tecnologias, nomeadamente, inteligência artificial da Internet das Coisas” aplicada a modelos de negócio das empresas.
Relativamente à cibersegurança deste novo tipo de comunicações, a Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que a mesma estará alinhada “com as melhores práticas europeias”, havendo, para o efeito a criação de um grupo de trabalho para avaliar a implementação das recomendações europeias.