Ainda, professores vão encenar chegada dos açorianos em Florianópolis e fundação da capital catarinense.
Mundo Lusíada
A cultura açoriana continua forte na ilha de Santa Catarina, sul do Brasil. Nesta terça-feira, dia 25, a Câmara Municipal de Florianópolis prestou homenagem, através de requerimento do Vereador Dinho (União Brasil), ao Dia Municipal da Rendeira e do Rendeiro.
Trazida pelos açorianos, a renda de bilro era a atividade preferida das mulheres enquanto esperavam seus maridos retornarem das pescas. Uma forma também de contribuir financeiramente com a família.
“Comemorar essa data, desde 2009, tem feito com que o executivo se interesse mais pela atividade da rendeira, que é um patrimônio imaterial que precisa ser reservado e todo dia incentivado. Valorizar as rendeiras, é valorizar a nossa cultura”, declara o vereador e autor do requerimento, Edinon Manoel da Rosa – Dinho (UB).
Com o tempo, a renda virou parte da história da cidade até se tornar patrimônio cultural de Florianópolis. No entanto, com o passar dos anos, a técnica, geralmente transmitida de mãe para filha acabou não despertando mais o interesse como antigamente, ficando esta arte vinculada apenas às rendeiras e rendeiros mais antigos.
“Eu aprendi a fazer renda quando eu tinha 6 anos, com minha avó, para mantermos nossa casa, que naquela época ficava em Cachoeira do Bom Jesus”, destaca dona Dulce Luiz dos Santos, uma tradicional rendeira de Florianópolis.
Desta forma, a comemoração do Dia da Rendeira e do Rendeiro no 21 de outubro, é uma maneira de valorizar essa tradição, mas também de conquistar as novas gerações para a prática da renda de bilro. “Fazer renda veio de uma paixão um pouco antiga que tenho pela nossa ilha. Essa paixão veio das minhas pesquisas sobre a nossa ilha, da imigração açoriana para nossa ilha”, afirma o jovem rendeiro de 15 anos, Matheus Silveira.
Chegada dos açorianos em Florianópolis
Também o prefeito Topázio e o secretário de Educação, Maurício Fernandes Pereira, receberam na Prefeitura na última semana: Mocotinha, Chiquinha, Vô Zeca e o Palhaço Tortelini, quatro personagens interpretados por profissionais da área da educação.
Eles encabeçam um projeto que leva ensinamentos para o máximo de unidades da rede municipal de ensino. O primeiro desafio do grupo é criar, para 2023, encenações que abordem os 275 anos da chegada dos açorianos em Florianópolis e os 350 anos de fundação da capital catarinense.
“Além do ofício em sala de aula e em outros setores de ensino, esses profissionais fazem um trabalho fantástico com os seus personagens”, declarou o secretário de Educação. “Agora, queremos que a performance desses personagens atinja quantas escolas e creches forem possíveis no ano de 2023”, complementou Maurício Fernandes Pereira.
Para o Prefeito Topázio, os verdadeiros profissionais da educação são aqueles que se importam com as crianças, que entendem o papel fundamental que exercem na vida desses estudantes. “A visita dos personagens desses educadores pelas unidades educativas ficará para sempre na memória da criançada como algo mágico, fascinante”.
Personagens
A Mocotinha é interpretada pela professora Danielle Horn, que já foi integrante do Núcleo de Educação Infantil Municipal de Florianópolis Morro do Mocotó, e agora está no Neim Morro da Queimada (José Mendes). A personagem surgiu para inovar na comunicação com as famílias. Pertence à Trupe da Alegria, grupo de teatro formado por profissionais da rede municipal de ensino.
A Personagem ‘Chiquinha’ é interpretada por Fabrícia Luiz Souza, Diretora de Gestão Escolar da Secretaria de Educação, e surgiu em 2006, quando a professora de educação infantil começou a se apresentar em diversas unidades educativas.
O ator e auxiliar de sala do Neim Lausimar Maria Laus (Rio Vermelho), Eduardo Tasca, está desenvolvendo o projeto “Era uma vez com Vô Zeca” com o intuito de levar a literatura e o teatro de maneira lúdica para as crianças.
O professor Sandro Piacentini é quem incorpora o Palhaço Tortelini. Usa de brincadeiras para incentivar a imaginação da criançada. Busca empoderar as crianças por meio do riso e auxiliando na autoestima dos pequenos.