Doces portugueses e pães fazem sucesso no Rio de Janeiro

Entre os produtos disponíveis pela empresa no Complexo do Alemão, destacando a Doçaria Conventual Portuguesa em receitas antigas, está queijadinha de Sintra, pastel de nata, toucinho do céu, entre outros.

 

Mundo Lusíada
Com Lusa

ArteConventual_DocariaRJDois ex-gestores portugueses da rede Pestana uniram-se recentemente no Rio de Janeiro para fundar a empresa Arte Conventual, especializada no fabrico e distribuição de pães e doces, que, graças ao imenso sucesso, já prevê ampliações em 2013.

“Atualmente distribuímos 6.000 itens entre pães e doces, diariamente, para hotéis, restaurantes e eventos no Rio de Janeiro e temos a previsão de duplicar essa produção, no primeiro trimestre de 2013”, contou à Lusa Rodrigo Castelão, um dos sócios do novo empreendimento.

A empresa, constituída há pouco mais de quatro meses no Complexo do Alemão, um conjunto de treze comunidades na zona norte do Rio de Janeiro, surgiu de uma ideia de Rodrigo Castelão e do colega português Luís Santos, também ex-funcionário do grupo Pestana.

“Começamos a perceber que os hotéis de Ipanema, Copacabana [bairros nobres do Rio de Janeiro] estão começando a procurar as padarias locais para fornecer pães para o café da manhã e nós já tínhamos essa linguagem do universo hoteleiro, o que facilitou”, explica.

A escolha da sede da fábrica ocorreu em função do ambiente que o chefe de produção e também um dos sócios da nova empresa – o brasileiro Adailto Fonseca – já possuía.

“Acabamos por apostar no Complexo do Alemão, primeiro por uma questão de custos e controle operacional, e depois porque nosso chefe de produção mora lá e já possuía uma estrutura que se encaixava perfeitamente”, explica Castelão.

Fonseca, ex-chefe de confeitaria da rede Pestana na América Latina, é o responsável por comandar a equipe de seis funcionários, todos selecionados dentro da própria comunidade, uma prioridade dos sócios que valorizam o capital social da firma.

“Temos privilegiado a contratação de mão-de-obra da própria comunidade, temos seis funcionários [que moram no Complexo do Alemão], todos excelentes profissionais”, destaca.

O quarto e último sócio é também brasileiro e o mais novo do grupo, Diego Dias, formado em gestão de negócios.

A nova sede, já em construção, será aberta no princípio do próximo ano no Rio Comprido, bairro entre a zona norte e o centro do Rio de Janeiro, para atender à procura dos hotéis e restaurantes na zona sul da cidade.

“Já temos uma estrutura muito maior que está a ser desenvolvida por uma questão de logística e distribuição”, avança o sócio, que prefere não revelar os valores do investimento e previsão de receitas, mas garante que toda a expansão está a ser feita com capital próprio, sem empréstimos.

Enquanto a primeira fábrica, no Complexo do Alemão, possui cerca de 45 metros quadrados, a nova estrutura terá 320 metros quadrados. A previsão é de que a firma duplique, tanto em quantidade de mão-de-obra, como em capacidade de produção.

Os sócios avaliam ainda abrir um balcão para comercialização direta ao público dos próprios produtos, mas isso já são planos para 2014 – “primeiro precisamos consolidar os investimentos atuais” – diz Castelão.

Além dos pães, a especialidade da firma são os doces conventuais portugueses que, para além dos restaurantes típicos, têm feito grande sucesso em eventos como festas de empresas, celebrações familiares e coquetéis.

Entre os produtos disponíveis, destacando a Doçaria Conventual Portuguesa em receitas antigas, está queijadinha de Sintra, pastel de nata, toucinho do céu, entre outros.

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