Diáspora açoriana deve receber a devida atenção por parte das autoridades – Andrade

Migrações nos Açores é tema do novo livro de José Andrade

 

Por Ígor Lopes

O diretor regional das Comunidades da Região Autónoma dos Açores, José Andrade, defendeu, em Ponta Delgada, que a diáspora açoriana deve receber a devida atenção por parte das autoridades e das entidades públicas e privadas do arquipélago e que a presença de imigrantes nas ilhas é um fator positivo. Estas ideias foram abordadas por José Andrade no dia 7 de fevereiro durante o lançamento do seu mais recente livro, “Transatlântico – As Migrações nos Açores”, nas instalações da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, um evento que contou com a presença de José Manuel Bolieiro, presidente do Governo Regional dos Açores, que presidiu a sessão.

O livro foi apresentado pelo presidente da Associação dos Emigrantes Açorianos, Rui Faria, e pela presidente da Associação dos Imigrantes nos Açores (AIPA), Cristina Borges.

O encontro ficou marcado ainda pela presença de dezenas de entusiastas do tema e amigos de José Andrade, como os presidentes das Câmaras Municipais de Ponta Delgada e do Nordeste, a reitora da Universidade dos Açores, Susana Leal, e Mota Amaral, ex-presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores e antigo vice-presidente da Assembleia da República portuguesa, dentre outros nomes.

Sublinhar a migração

A obra destaca-se por conter 50 textos de informações e reflexões, adaptados e organizados, que retratam “o essencial das migrações nos Açores, de ontem e de hoje, para fora e para dentro”.

“Primeiro, sempre fomos um cais de partida. Estamos nestas ilhas há quase seis séculos e há mais de 400 anos que delas saímos, sem nunca as deixarmos, levando-as conosco para o Brasil, o Uruguai e o Havai, os Estados Unidos, a Bermuda e o Canadá. Somos menos de 250 mil insulares, mas bem mais de um milhão de naturais e descendentes numa décima ilha de múltiplas geografias. Agora, também somos um porto de abrigo. Mais de quatro mil cidadãos estrangeiros de mais de 90 nacionalidades diferentes – de brasileiros, alemães e chineses a russos e ucranianos – que escolhem fazer das nove ilhas dos Açores uma sociedade cosmopolita e fraterna”, pode-se ler sobre o novo trabalho de José Andrade.

“Este livro rima Açorianidade com Interculturalidade. O seu pretexto são textos produzidos pelo Diretor Regional das Comunidades do Governo da Região Autónoma dos Açores durante os anos de 2021 e 2022. O seu propósito é a consciência e o orgulho de sermos um arquipélago transatlântico que projeta identidade no mundo e que abraça continentes nas ilhas. Não estamos no fim da Europa ou no princípio da América. Estamos no centro do mundo”, comentou a editora Letras Lavadas, responsável pela edição da obra.

Novas datas

Esta obra literária irá viajar também entre ilhas. No Faial, o livro será apresentado no dia 9 de fevereiro às 21h, no Peter Café Sport (sala Peter) pela primeira diretora regional das Comunidades do Governo dos Açores, Alzira Silva.

Já na ilha Terceira, o lançamento será a 10 de fevereiro, às 21h, no Verdemaçã Café, instalado na Casa dos Cortes-Reais, em Angra do Heroísmo. Quem irá presidir à sessão será o diretor do antigo Gabinete de Emigração e Apoio às Comunidades Açorianas do Governo dos Açores, Duarte Mendes.

O livro pode ser adquirido na livraria Letras Levadas ou no site da editora.

 

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