Mundo Lusíada
Com Lusa
A venda de diamantes por Angola atingiu em junho os 117 milhões de dólares, um aumento de cerca de 20% face ao mês anterior, segundo dados do Ministério da Geologia e Minas.
De acordo com a mesma fonte, durante o mês passado foram comercializados por Angola “mais de 780 mil quilates”, uma subida de 156 mil quilates face ao mês de maio.
A venda de diamantes rendeu em junho 117 milhões de dólares (87 milhões de euros), o que compara com os 97 milhões de dólares (72 milhões de euros) arrecadados em maio, segundo os dados do ministério que tutela o setor diamantífero angolano.
“A razão desse aumento deveu-se à subida da produção da mina de Catoca [província de Lunda Norte], em 32,09%”, explica ainda o ministério, sublinhando o crescimento naquela que é uma das maiores explorações diamantíferas do mundo.
Com o aumento das quantidades vendidas por Angola baixou, contudo, o preço médio por quilate. Passou de 156 dólares (116 euros) em maio para 150 dólares (111 euros) em junho.
A produção total de diamantes brutos em Angola atingiu, no primeiro semestre deste ano, 42,53% da meta anual, tendo a receita bruta totalizado 48,93% do objetivo fixado para 2014.
A produção angolana de diamantes está avaliada em cerca de 8,3 milhões de quilates por ano, correspondendo a uma receita bruta na ordem de 1,1 bilhões de dólares (cerca de 800 milhões de euros).
O ministério da Geologia e Minas, liderado por Francisco Queiróz, fixou a meta de aumentar a produção de diamantes, até 2015, em termos médios, em 5% ao ano.
A última previsão do FMI (Fundo Monetário Internacional), divulgada em abril, considera que Angola vai crescer apenas 5,3% este ano e 5,5% em 2015.
Execução orçamental
O FMI recomendou ao Executivo angolano a produção de relatórios trimestrais sobre a execução do Orçamento Geral do Estado, para demonstrar como estão a ser geridos os dinheiros públicos.
A posição foi transmitida pelo chefe da missão do FMI, Ricardo Velloso, que esteve em Luanda entre 01 e 14 de julho, para acompanhamento regular da situação angolana, conforme decorre dos estatutos da organização internacional.
No final, o FMI enalteceu os esforços que têm sido realizados ao nível da disponibilização de informação sobre empresas, contas públicas e mercados, nomeadamente por parte do Banco Nacional de Angola.
Durante a visita a Luanda, para analisar a evolução da economia no curto prazo e a sua perspetiva de futuro, a delegação do FMI manteve encontros com os ministros das Finanças, Planeamento e Desenvolvimento Territorial e Economia, e ainda com o Governador do Banco Nacional de Angola.
No quadro macroeconômico, o chefe da missão do FMI fez uma leitura “muito positiva” dos indicadores, nomeadamente uma taxa de inflação que permanece em níveis históricos reduzidos e que “continua a baixar”, além de existir crescimento econômico. “Há algumas dificuldades este ano com o setor petrolífero, mas o setor não petrolífero tem tido taxas de crescimento relativamente importantes e projetamos que as ações devem continuar”, disse Ricardo Velloso.
Angola contou com um programa de apoio financeiro entre 2009 e 2012. Seguiu-se um período de monitorização, que terminou há poucos meses, pelo que estas visitas anuais representam o regresso aos contatos normais entre o FMI e os seus países membros.