Desemprego em Portugal tem vindo a baixar, mas ainda é “muito elevado”, diz Passos

Da Redação
Com Lusa

PassosCoelhoO primeiro-ministro disse que o desemprego em Portugal tem vindo a baixar “paulatinamente”, mas ainda é “muito elevado”, referindo que as revisões do número de desempregados são “compatíveis” com a projeção feita pelo Governo.

“Iniciamos uma trajetória descendente do desemprego já há bastante tempo, já há quase dois anos, ele tem vindo paulatinamente a baixar, e o emprego tem vindo a aumentar também paulatinamente e, em termos de tendência, essa evolução não tem sido colocada em causa, o que é positivo”, afirmou Pedro Passos Coelho.

No entanto, “isso não significa que ainda assim não tenhamos um nível de desemprego que é muito elevado”, frisou o chefe do Governo, aos jornalistas, após inaugurar a feira de agropecuária Ovibeja, em Beja.

Segundo Pedro Passos Coelho, as revisões da taxa de desemprego que têm vindo a ser feitas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) “são compatíveis com aquilo que foi a projeção que o Governo fez”, considerando que “este é o ponto” que considera ser “mais importante”.

As estimativas provisórias do desemprego em Portugal foram divulgadas em 29 de abril pelo INE, segundo as quais a taxa de desemprego foi de 13,5% em março, menos 0,1 pontos percentuais do que em fevereiro e menos 1,2 pontos percentuais face ao período homólogo.

No documento divulgado, o INE revê em baixa a taxa de desemprego de fevereiro, que passou de 14,1%, conforme foi divulgado no mês passado, para 13,6%, segundo os dados desta quarta-feira.

Em março, a estimativa provisória da população desempregada foi de 692,6 mil pessoas, menos 6,8 mil (ou diminuição de 1%) face ao mês anterior, segundo a estimativa do INE. A população empregada era de 4.440,1 mil pessoas, mais 6,3 mil pessoas (ou mais 0,1%) do que em fevereiro.

Apesar de frisar que ainda não viu os números divulgados e o que foi “apresentado como justificação por parte do INE”, Pedro Passos Coelho disse que pode aperceber-se de que “o INE corrigiu os números do mês de fevereiro, que foi justamente o mês em que apresentou uma correção também e uma estatística que mostrava um aumento significativo do desemprego mensal”.

“O que agora o INE vem dizer é que, afinal, esse aumento não existiu e, portanto, em cadeia, de um mês para o outro, de fevereiro para março, o desemprego caiu 0,1 pontos percentuais, mas no mês anterior, em vez de ter subido 0,6 pontos percentuais, afinal não tinha tido esse agravamento e, portanto, isso agora foi corrigido ao contrário”, afirmou.

Segundo o primeiro-ministro, “é importante anotar esta nova estatística mensal que o INE apresenta”, porque “é uma série nova que está sujeita a várias retificações, que são estatisticamente normais, e isso só significa que temos de olhar para estes números mensais com alguma prudência, porque estão sujeitos a revisão”.

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