Manuela D’Ávila, do Rio Grande do Sul, e Raquel Coelho, da Ilha da Madeira, acreditam que fenômeno das redes sociais abriram “canal de diálogo” com juventude em todo o mundo.
Por Mônica Villela Grayley
Rádio ONU em Nova York
A participação dos jovens na política deve aumentar nos próximos anos, de acordo com a opinião de duas deputadas, uma do Brasil e outra de Portugal.
Em entrevista à Rádio ONU, a deputada federal do PCdoB, Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila, de 30 anos, afirmou que as redes sociais já estão contribuindo para promover um diálogo maior de jovens de todo o mundo com suas sociedades.
Manuela, que ingressou na política antes dos 20 anos de idade, contou à Rádio ONU que os jovens também ajudam o processo democrático na hora de fiscalizar os políticos.
“Para mim, a participação política não se dá apenas quando um jovem decide entrar num partido ou quando eles saem à rua para protestar. A participação política se dá quando estes jovens expressam opiniões, fiscalizam os seus parlamentares. Fazer polítca para mim é algo extremamente vinculado ao exercício da cidadania. E as mídias sociais proporcionam isso, com uma velocidade jamais vista. Então, eu acredito que está surgindo um novo tipo de protagonismo”, contou.
Renovação
Para a deputada portuguesa Raquel Coelho, de 23 anos, do arquipélago da Madeira, muitos jovens ainda estão afastados da política por causa do que ele chamou de “partidos ortodoxos que não promovem renovação.”
“Os jovens, cada vez mais, nos dias de hoje, têm se afastado da política porque já não acreditam na política, nos partidos e nos políticos profissionais. Nos dias de hoje, existe uma grande incoerência por parte dos nossos políticos. Quando estão em campanha, o discurso é um, quando são eleitos, o discurso passa a ser outro. Os eleitores, os jovens vêem que ali existe falsidade.”
A maior participação da juventude em política partidária foi debatida em um evento da ONU, no fim do ano passado, na Tailândia. O encontro, o Fórum Global de Parlamentares Jovens, recebeu participantes de até 20 anos de idade que haviam sido escolhidos para cargos eletivos em seus países. Segundo as Nações Unidas, quase 20% da população global têm entre 15 e 24 anos.