Mundo Lusíada
Com agencias
Em Lisboa, a presidente da associação Raríssimas, Paula Brito e Costa, apresentou a sua demissão na sequência de uma investigação da TVI que coloca em causa a sua gestão, segundo o Expresso. Em declarações ao jornal, Paula Brito e Costa diz que pediu ao ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, a suspensão temporária de funções, enquanto estivesses a decorrer as investigações.
“Esta opção foi estudada pelo gabinete, mas não existe a figura da suspensão temporária no quadro das IPSS e, portanto, saio”, explica ao Expresso. A Lusa tentou, sem sucesso, contactar Paula Brito e Costa e o Ministério da Solidariedade.
Paula Brito e Costa sai três dias depois de uma investigação da TVI sobre a gestão da associação Raríssimas – Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, financiada por subsídios do Estado e donativos. A investigação mostra documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente da sua presidente, Paula Brito e Costa, que alegadamente terá usado o dinheiro em compra de vestidos e vários gastos pessoais.
“A minha presença já está a afetar a instituição e tenho de sair. Esta é uma cabala muito bem feita”, afirma Paula Brito e Costa ao Expresso. Uma petição pública que pede a “demissão imediata” da presidente atingiu mais de dez mil assinaturas, um dia depois de ter sido criada
Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da Republica (PGR) informou que o Ministério Público está a investigar a Raríssimas, após uma denúncia anônima relativa a alegadas irregularidades na gestão financeira e ao uso indevido de dinheiros da associação pela sua presidente.
Também na segunda-feira, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social anunciou que vai “avaliar a situação” da Raríssimas e “agir em conformidade”, após a denúncia de alegadas irregularidades na gestão financeira e de uso indevido de dinheiros da associação pela sua presidente.
Antes da posição do Ministério, a direção da Raríssimas divulgou um comunicado dizendo que as acusações apresentadas na reportagem são “insidiosas e baseadas em documentação apresentada de forma descontextualizada”, afirmando que as despesas da presidente em representação da associação estão registradas “contabilisticamente e auditadas, tendo sido aprovadas por todos os órgãos da direção”.
A direção da Raríssimas destaca ainda que, “contrariamente ao que foi dito na reportagem, não está em causa a sustentabilidade financeira” da associação.
Presidente dá posse
O Presidente português aceitou a proposta de nomeação de Rosa Matos Zorrinho para secretária de Estado da Saúde e vai dar posse à nova governante nesta terça-feira, numa cerimônia no Palácio de Belém, em Lisboa.
Segundo a nota, Marcelo Rebelo de Sousa “aceitou hoje as propostas do primeiro-ministro de exoneração, a seu pedido, do secretário de Estado da Saúde, Manuel Martins dos Santos Delgado, e de nomeação para o mesmo cargo da Dra. Rosa Augusta de Matos Zorrinho”.
O Governo divulgou que o primeiro-ministro, António Costa, aceitou pedido de exoneração de Manuel Delgado do cargo de secretário de Estado da Saúde e propôs a nomeação para o seu lugar de Rosa Matos Zorrinho. Manuel Delgado deixa o Governo na sequência da reportagem transmitida pela TVI sobre alegadas irregularidades na Raríssimas, financiada por subsídios do Estado e donativos.
A reportagem mostra documentos que colocam em causa a gestão da instituição e refere que Manuel Delgado foi consultor remunerado da Raríssimas, contratado entre 2013 e 2014, com um vencimento de três mil euros por mês.