Delegação parlamentar europeia é impedida de entrar na Venezuela

Da Redação
Com EBC

Quatro deputados que integram a delegação do Parlamento Europeu foram impedidos de entrar na Venezuela e tiveram os passaportes retidos, de acordo com um dos parlamentares. O grupo de eurodeputados foi convidado pela Assembleia Nacional Constituinte, formada por maioria de oposição e não reconhecida pelo governo do presidente Nicolás Maduro.

Na sua conta pessoal no Twitter, o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, informou que os parlamentares europeus foram notificados que não poderiam ingressar no país, neste domingo, dia 17.

A Venezuela vive intensa crise humanitária, política e econômica, após o deputado federal Juan Guaidó se autoproclamar presidente interino, no último dia 23, e ser reconhecido por vários governos, inclusive o do Brasil.

A expulsão dos eurodeputados foi denunciada por Guaidó em um vídeo postado na sua conta no Twitter. A delegação estava composta pelos eurodeputados Esteban González Pons, José Ignácio Salafranca Sánchéz-Neyra e Juan Salafranca, além do português Paulo Rangel.

No vídeo, o deputado espanhol Esteban González Pon, reclama que eles foram expulsos e que não foi comunicado sobre “o porquê” do impedimento. Ele lembrou que é a primeira delegação internacional que iria visitar Guaidó. “Quando, em um país, um ditador fecha as janelas e apaga as luzes é que vai passar das palavras para os fatos”, disse o parlamentar.

No fim de semana, o senador republicano dos Estados Unidos Marco Rubio reclamou das dificuldades para o ingresso de ajuda humanitária internacional na Venezuela.

Também o governo de Portugal divulgou mensagem nos seus canais sociais contra a ação. “Lamentamos e condenamos a expulsão, pelas autoridades policiais venezuelanas, da delegação do Parlamento Europeu que se deslocava a Caracas a convite da Assembleia Nacional. A Venezuela precisa de gestos de abertura e não de medidas hostis”.

Também o Presidente de Portugal considerou “lamentável e condenável” o fato dadelegação do Parlamento Europeu, que tinha sido convidada pela Assembleia Nacional venezuelana (AN) a visitar o país, ter sido impedida de entrar na Venezuela.

“O senhor ministro dos Negócios Estrangeiros usou as expressões adequadas: ‘lamentável e condenável’. É aquilo que o Presidente da República pensa também”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas, no Porto.

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