Curta-metragem do português Daniel Sousa nomeado ao Óscar

Da Redação
Com Lusa

Feral_AnimaMundi2013RJO filme de animação “Feral”, de Daniel Sousa, cineasta português nascido em Cabo Verde, está nomeado para o Óscar de melhor curta-metragem de animação, segundo anunciou em 17 de janeiro a Academia de Cinema dos Estados Unidos.
“Feral” conta a história de um menino selvagem, uma criança que se tenta adaptar à civilização, depois de ter sido encontrada num bosque, onde cresceu.
Este é o sexto filme de Daniel Sousa e soma mais de uma dezena de prêmios entre os cerca de quarenta festivais de cinema onde foi exibido, nomeadamente o de Annecy (França), onde recebeu três distinções em 2013. No Cinanima 2012, em Espinho, conquistou o prêmio RTP2 “Onda Curta”. O curta-metragem, coprodução entre EUA e Portugal, foi o grande vencedor da edição carioca do Anima Mundi 2013. Eleito pelo Júri Profissional e diretores do festival, a animação ganhou, além do prêmio, uma vaga na pré-seleção ao Óscar.
Daniel Sousa nasceu em Cabo Verde em 1974, cresceu em Portugal e em 1986 mudou-se com a família para os Estados Unidos, onde vive. O realizador, que integra o coletivo Handcranked Films Projects, formou-se na Rhode Island School of Design, onde atualmente dá aulas, depois de já ter lecionado na Universidade de Harvard ou no Art Institute de Boston.
A cerimônia dos Oscar está marcada para 02 de março, em Los Angeles (Califórnia), com apresentação de Ellen DeGeneres.
Com gráficos em 2D e alguns quadros pintados à mão, o curta levou cinco anos para ficar pronto. “Minha agenda é um pouco esporádica, já que também dou aulas na Rhode Island School of Design e dirijo alguns projetos comerciais paralelamente”, explica o animador, estimando que teria terminado “Feral” em um ano e meio se fosse uma produção contínua.
O animador começou a pesquisar sobre a ideia e descobriu que em quase todos os casos documentados sobre crianças selvagens, a readaptação delas em sociedade fracassou. “Elas ficam presas entre dois mundos, é um limbo. Não via outra maneira de ilustrar essa situação sem recorrer à poesia que a animação possibilita”, explica Daniel, que externalizou os sentimentos internos do personagem com metáforas visuais.

Coprodução Brasil-Portugal eleito melhor longa

Foram divulgados em 16 de janeiro os vencedores do III Prêmio Abraccine, promovido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema, que premiou os melhores filmes do ano de 2013. Todos os filmes brasileiros e estrangeiros lançados no circuito comercial no ano passado, além dos curtas-metragens, concorreram ao prêmio, cuja votação foi precedida de debate entre os membros da Associação.
“O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, lançado comercialmente em janeiro, foi votado pelos críticos como o melhor longa brasileiro do ano; “Tabu”, coprodução brasileira em parceria com Portugal, Alemanha e França, foi considerado estrangeiro pela Associação de Críticos e recebeu o prêmio de Melhor Longa-Metragem Estrangeiro; já o curta-metragem “Pouco Mais de um Mês”, de André Novais, vencedor de menção honrosa na Quinzena dos Realizadores na edição de 2013 Festival de Cannes, levou o prêmio de Melhor Curta-Metragem Brasileiro.
A Associação Brasileira de Críticos de Cinema busca reunir e congregar os profissionais da crítica cinematográfica de todo o Brasil.

LEIA MAIS >> Curta de EUA/Portugal é o Melhor Filme do Anima Mundi 2013

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