Festival de Teatro Lusófono – FestLuso é realizado, pela primeira vez, em Brasília

Da Redação

O Festival de Teatro Lusófono – FestLuso realiza, pela primeira vez, um Módulo Circulante em Brasília, trazendo à capital brasileira três espetáculos que compõem a edição de 2023 do Festival realizado em Teresina, no Estado do Piauí.

As apresentações em Brasília acontecem de 18 a 20 de agosto, no Espaço Cultural Renato Russo (Secretaria de Cultura do Governo do Distrito Federal).

Francisco Pellé, um dos organizadores do FestLuso, afirma que “Brasília é um significativo espaço de manifestação da cultura brasileira. É muito importante a oportunidade de apresentar, na cidade, uma parte da programação de Teresina. Um festival que trata da integração do teatro de língua portuguesa nos países lusófonos, precisa estar na narrativa de cidades como a Capital Federal”.

Na circulação Brasília, o Festival apresenta o espetáculo Esperando Godot, do Grupo Harém de Teatro, de Teresina/PI; Viagem Infinita – A partir de “Os Lusíadas” de Camões, de MUSGO Produção Cultural, de Portugal, e Saaraci, o Último Gafanhoto do Deserto, um espetáculo dedicado ao público infantil realizado pelo Saaraci Coletivo Teatral, de Cabo Verde / Brasil / Portugal.

O FestLuso 2023 é realizado pelo Grupo Harém de Teatro e patrocínio do Governo do Estado do Piauí/ Secretaria de Estado da Cultura do Piauí e conta com o apoio do Camões – CCP Brasília e do Instituto Janelas da Arte, Cidadania e Sustentabilidade.

A entrada é gratuita, mediante retirada de ingresso uma hora antes na bilheteria do Espaço Renato Russo.

PROGRAMAÇÃO

Dia 18 agosto (sexta feita) – 20h – Esperando Godot – Grupo Harém de Teatro – Teresina – PI – Brasil

Diz que “Esperando Godot” é a história de dois vagabundos que enquanto esperam a inalcançável personagem do “Senhor Godot” comem nabos, brincam com seus chapéus, enquanto fazem narrativas sobre suas vidas e os bons tempos onde eram felizes. Mas “Godot” é mais do que isso. É um testemunho contundente e arrasador sobre todos do avanço do nazifacismo na Europa, que vem de forma avassaladora, destruindo os melhores e maiores avanços e conquistas das sociedades modernas. Brincar com o chapéu é perder a cabeça que é estrangulada numa simulação de suicídio. Fazer palhaçadas é ironizar o poder e destituir o poder do Estado sobre o indivíduo. É colocar em xeque a capacidade do Homem em erguer a Torre Eiffel como um símbolo, de desenvolvimento e ao mesmo tempo um troféu para a morte do próprio Homem, quando usa o monumento para se atirar lá do alto da sua torre e da sua própria decadência.

Ficha Artística e Técnica

Elenco: Francisco de Castro e Fernando Freitas

Autor: Samuel Beckett.

Tradutor: Fabio de Souza Andrade

Dramaturgia e Encenação: Arimatan Martins

Cenografia e Adereços: Emanuel de Andrade.

Figurinos: Soraya Guimarães.

Desenhos de Luz: Assaí Campelo.

Arte visual: Marcelo Magon.

Fotos: Margareth Leite.

Produção: Navilouca Produções (Soraya Guimarães)

Patrocínio: Equatorial Energia através da Lei de Incentivo SIEC/Secult/Governo do Estado.

Realização: Navilouca Produções e Grupo Harém de Teatro

Duração e classificação: 55 min. / 14 anos.

 

Dia 19 agosto (sábado) – 20h – Viagem Infinita – A partir de “Os Lusíadas” de Camões | VERSÃO DE ITINERÂNCIA – MUSGO Produção Cultural – Portugal

Redescobrindo as chamadas descobertas e a própria figura de Camões, o actor Ricardo Soares e o músico e compositor Nuno Cintrão reapresentam “Os Lusíadas” através de uma performance/concerto que pretende reconciliar os espectadores/leitores com (ou dar a conhecer) a opus magnum do poeta português. Em permanente relação dialógica com a composição musical e a sonoplastia (executadas ao vivo), a narrativa é devolvida ao espectador por intermédio de uma interpretação que releva a fisicalidade do actor e um trabalho de elocução intencionalmente coloquial. O espectáculo é apresentado há sete anos.

Ficha Artística e Técnica

Designação do espectáculo: “Viagem Infinita” a partir de “Os Lusíadas” de Camões

Guião e encenação: Paulo Campos dos Reis e Ricardo Soares

Interpretação: Ricardo Soares e Nuno Cintrão

Música Original: Nuno Cintrão (com a participação especial – gravação – da fadista Mara)

Figurinos: Artur de Campos

Fotografia: Ricardo Reis, Akimoto Chan e Nuno Mota

Vídeo: Ricardo Reis

Direcção de Produção: Ricardo Soares

Produção Executiva: Pedro Carranquinha

Contabilidade: Fisconthabilidade

Secretariado: Carina Soares

Produção: MUSGO Produção Cultural

Financiado pelo edital de internacionalização da Fundação GDA.

Apoio: Instituto Camões/Embaixada de Portugal no Brasil.

Duração e classificação: 50 min. / a partir de 12 anos / performance/concerto

 

Dia 20 agosto (domingo) – 17h – Saaraci, o Último Gafanhoto do Deserto – Saaraci Coletivo Teatral – Cabo Verde / Brasil / Portugal.

Numa viagem cheia de aventuras, o Gafanhoto Saaraci, o último do deserto, leva-nos a grandes descobertas, onde se cruza com outros companheiros da natureza, na sua viagem louca até a ilha do Gigante Adormecido. Esta produção coloca em cena, de forma criativa e alegre, o incrível telúrico mundo da artista plástica luso-caboverdiana Luísa Queirós. Um espetáculo que levará as crianças a pensarem sobre a preservação ambiental e animal e que utiliza múltiplas técnicas diferenciadas, desde a forma animada, com uma belíssima marioneta que encarna o nosso protagonista, até técnicas de contação de estóreas, utilização de máscaras e sombras chinesas. Lúdico divertido e criativo!

Ficha Artística e Técnica

Texto Original: Luísa Queirós

Dramaturgia: João Branco

Encenação e direção artística: João Branco e Janaina Alves

Interpretação: Deka Saimor, João Branco e Janaina Alves

Música Original: Sérgio Figueira

Figurinos: Janaina Alves

Marioneta: Amândio Anastácio / Alma d’Arame

Ilustrações: Luísa Queirós

Consultadoria Artística: Teatro de Marionetas do Porto

Produção: Saaraci Coletivo Teatral

Financiado pelo Edital de internacionalização da Fundação Calouste Gulbenkian

Apoio: Instituto Camões/Embaixada de Portugal no Brasil.

Duração e classificação: 50 min. / Livre

 

SERVIÇO:

ESPAÇO CULTURAL RENATO RUSSO (508 Sul, Bloco A)

Entrada franca

Com retirada de senha uma hora antes de cada apresentação

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