Da Redação
Com Lusa
A exposição “Portugal, Portugueses — Arte Contemporânea” reúne 270 obras de 40 artistas portugueses em São Paulo, no Brasil, a partir de 7 de setembro, criada como uma aproximação ao universo cultural brasileiro.
De acordo com a organização, a maior mostra de arte contemporânea portuguesa apresentada nos últimos anos no país inaugura nesta quarta-feira, no Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Com curadoria de Emanoel Araujo, a exposição redesenha, na perspectiva contemporânea, as influências interculturais de Portugal, África e Brasil, nascidas com o antigo império português e aprofundadas durante o esclavagismo.
No museu, entre dezenas de pinturas, esculturas e fotografias, estará a instalação sonora e cinética “Coração Independente Vermelho”, de Joana Vasconcelos, que reconstrói, em talheres de plástico, as icônicas peças da filigrana portuguesa, associadas a Viana do Castelo e ao culto do Sagrado Coração de Jesus.
No itinerário, estão ainda, entre outros, trabalhos de Helena Almeida e Maria Helena Vieira da Silva, centrais na arte portuguesa no século XX, uma grande instalação de Miguel Palma, e de artistas portugueses radicados no Brasil como Fernando Lemos e Orlando Azevedo.
Haverá três núcleos expositivos especiais na exposição, nomeadamente “Homenagem a Bordalo Pinheiro”, “Africanos portugueses” e “Brasileiros portugueses”.
“Portugal Portugueses” conta ainda com obras de Albuquerque Mendes, Ana Vieira, Antonio Manuel, Artur Barrio, Ascânio MMM, Cristina Ataíde, Didier Faustino, Fernando Lemos, Francisco Vidal, Gonçalo Pena, João Fonte Santa, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Joaquim Rodrigo, Joaquim Tenreiro, José de Guimarães, José Loureiro, José Pedro Croft, Jorge Molder e Julião Sarmento.
Lourdes Castro, Manuel Correia, Michael de Brito, Miguel Soares, Nuno Ramalho, Nuno Sousa Vieira, Orlando Azevedo, Paula Rego, Paulo Lisboa, Pedro Barateiro, Pedro Cabrita Reis, Pedro Valdez Cardoso, Rui Calçada Bastos, Sofia Leitão, Teresa Braula Reis, Tiago Alexandre, Vasco Araújo, Vasco Futscher e Yonamine são outros dos artistas representados.
A mostra fica patente até ao dia 08 de janeiro de 2017, constituindo parte da proposta da trilogia desenvolvida pelo curador Emanoel Araujo, responsável por homenagear as principais raízes da cultura brasileira (africana, portuguesa e indígena) à luz de uma leitura contemporânea nas artes visuais.
Esta grande mostra sucede a “Africa Africans”, eleita pela Associação Brasileira de Críticos de Arte como a melhor exposição do ano de 2015.