Nas épocas das descobertas marítimas por Portugal, a cultura teve um avanço fenomenal e para que possamos ter uma visão desses acontecimentos, vamos expor algo essencial. No “Espírito Medieval” podemos dizer que os textos culturais foram produzidos por uma minoria e mormente utilizando o “Latim”, no caso, a época do Renascimento acontecido no século XII, não podemos comparar com os mil (1.000) anos que antecederam ao Renascimento, mormente porque houve considerável variação e nada podemos fazer comparações com esse milenar período.
Evidentemente que houve influência da cultural estrangeira, uma vez que Portugal sofreu a invasão de culturas, como a Romana, a Arabe ou a Moçarabe, a cultura Cristã, sendo que a cultura Romana deu-se à 300 anos Antes de Cristo e a Moura por volta do século 7º de nossa Era.
Consequências houve de Eras passadas, como a visão “Visigótica” onde sempre haviam instituições religiosas, contendo práticas com penitências e processos religiosos e na verdade nessa cultura lusitana/romana/árabe, com a constante intervenção dos poderes sagrados na vida humana e o gosto total por símbolos. Por volta dos séculos XII e XIII, houve o movimento “gregoriano”, contendo a maior intervenção do Vaticano em toda cristandade.
Na realidade, a maioria dos estudos e colocações culturais, dependiam de convivências entre a aristocracia e os monges, porque a maioria dependia dos Mosteiros e naturalmente estes concediam mais atenções às famílias e seus membros e que ocasiona darem direitos à membros das famílias atuantes dentro dos Reinos e bem como às atividades militares baseadas sempre nas atividades.
Nesses períodos a separação entre o Clero e o Laico era uma estratégica radical entre o bem e o mal e havia concepções entre a natureza e o sobrenatural e que atribuía à Igreja a representação de papel incontestável sobre a existência humana, todavia a representação “Gregoriana” feita pastoralmente foi agregando à cultura e enriqueceu nos séculos a seguir, todavia durante o domínio “Moçarabe” o que naturalmente foi absorvida pelos cavaleiros e pelos clérigos, embora houvesse a figura feudal na mente humana.
Houve pelas autoridades muçulmanas no período de domínio, tolerância pelas atividades cristãs e nos períodos subsequentes de apaziguamento, quando houveram as convivências entre as culturas e línguas diferentes sobre as cartilhas cristãs e muçulmanas e nesse entrevero houve naturalmente a influência mútua nos grupos culturais e sociais e houve mutações com a Reconquista territorial.
Houve influências na Cultura Lusitana nos séculos fluentes a partir do século 12, mormente sobre a cultura nobre, com a Poesia lírica e satírica, com cantigas de amor, escárnio e de amigos, com intensas atividades culturais, extração de livros e os contatos e competições com culturas estrangeiras e intensa atividade cultural com atividades estrangeiras e onde houve a atividade e desenvolvimento ativo na Poesia e na Prosa e com imenso número de trovadores e escritores e naturalmente houve uma intensa atividade cultural nos séculos 12 e 13 quando houve a expansão da população.
Já no século XIV, houve um regresso na cultura medieval, mormente por causa de doenças totais nas populações, onde houve atrofiamento poético cultural devidos à Peste Negra, por volta desses séculos também com o decréscimo agrícola e tudo isso corroeu a continuidade magistral dos séculos anteriores, todavia nos últimos séculos advindos das descobertas houve naturalmente o contato com outras populações estrangeiras, a romana/italiana, a francesa/holandesa, a castelhana, o que tornou-se um pólo grandioso para o avanço da cultura medieval, com o aparecimento dos grandes escritores, poetas, cantores lusitanos, os grandiosos mestres da cultura lusitana, como CAMÕES, e seus LUSÍADAS, o que transformou a nossa maravilhosa Língua Portuguesa, na mais linda, sonora e de formação nasal/labial, para Honra e Gloria do nosso Querido e Eterno Portugal.
Adriano Augusto da Costa Filho
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.