Mundo Lusíada
Com agencias
Em dezembro, os CTT – Correios de Portugal formalizaram a intenção em avançar com a oferta pública inicial em bolsa, no âmbito do processo de privatização. Em comunicado, o operador postal CTT anunciou “a intenção da Parpública – Participações Públicas em proceder à oferta pública inicial dos CTT e à admissão à negociação das suas ações ordinárias na Euronext Lisbon”.
Nesta primeira fase, o Estado, através da Parpública, deverá ficar com 30% dos CTT. “É com enorme entusiasmo que anuncio a intenção de admitir à negociação na Euronext Lisbon as ações dos CTT. Os CTT são uma empresa com quase 500 anos de história, uma marca de confiança e uma posição de liderança no mercado”, considera o presidente executivo dos Correios, Francisco de Lacerda, no comunicado.
A procura de ações dos CTT superou 9,04 vezes a oferta, num total de 189 milhões de ações. Os investidores institucionais ficaram com 56% do capital, o público com 12,62%, e os trabalhadores da empresa com 1,38%. Depois desta operação, o Estado fica com 30% do capital.
Confiança de investidores
“Só investe quem acredita na empresa, nos trabalhadores dessa empresa, no País onde tem a atividade, só investe quem acredita que o futuro é o de crescimento e de criação de valor”, afirmou o Ministro da Economia, António Pires de Lima, referindo-se à venda em bolsa de 70% dos Correios de Portugal.
As declarações foram feitas numa conferência de imprensa, em Lisboa, onde estiveram também presentes os Secretários de Estado das Finanças, Manuel Rodrigues, e das Infraestruturas, Transportes e Telecomunicações, Sérgio Monteiro.
Referindo que “acreditar significa sentir que vale a pena investir o seu dinheiro em Portugal, e não em qualquer outro país ou empresa no mundo”, o Ministro sublinhou que os investidores decidiram investir nos CTT porque é uma empresa sólida e continuará sendo. “Porque o País continua a fazer o seu caminho de recuperação da confiança e credibilidade externa”.
Privatização
“O Governo tem sabido ter sempre o rumo claro de que a atração de investimento privado é a única forma de construir sustentadamente o futuro do País”, afirmou António Pires de Lima, explicando que a elevada procura externa que esta operação mostrou revela a confiança no mercado de capitais, em Portugal.
“Hoje, temos a certeza de que o caminho escolhido para os CTT realizou, não apenas mais receita, como deu aos mercados externos um sinal importante de confiança e credibilidade da nossa economia”, referiu o Ministro, concluindo que “esta privatização maximiza a receita para o Estado sem comprometer os objetivos estratégicos da empresa e abre caminho para que outras empresas possam dispersar capital ou financiar-se por esta via”.
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