Cruzeiro atracado no porto de Lisboa tem 64 infectados e passageiros serão retirados

Da Redação com Lusa

O número de pessoas infectadas com covid-19 no navio cruzeiro atracado no porto de Lisboa há quatro dias aumentou para 64, segundo o capitão do Porto de Lisboa, que indicou que o caso não está descontrolado.

Em declarações à agência Lusa, o capitão do Porto de Lisboa e comandante local da Polícia Marítima de Lisboa, Diogo Vieira Branco, explicou que neste domingo que foram detectados mais 12 casos positivos de covid-19, entre oito tripulantes e quatro passageiros, que se somam aos 52 casos sinalizados nos últimos dias e que levaram o navio a ficar atracado na capital portuguesa.

De acordo com Diogo Vieira Branco, o fato de o navio cruzeiro, de bandeira italiana, já não sair hoje, como estava programado, não significa que a situação esteja descontrolada: “Porque não está.”

Vieira Branco adiantou que estas 12 pessoas estão isoladas e a cumprir quarentena dentro do navio, e revelou que a companhia responsável pelo cruzeiro decidiu dá-lo por terminado e levar a cabo uma operação de ligação aérea para todos os passageiros.

Esta operação será realizada durante o dia de segunda-feira, com todos os passageiros a serem retirados do navio e levados para o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Segundo o capitão do porto, ainda não há uma data definida para a saída do navio.

Entretanto, e até à operação de ligação aérea, os passageiros que queiram sair do navio podem fazê-lo, desde que apresentem um teste à covid-19 negativo.

As 52 pessoas infectadas e que tinham sido anteriormente retiradas do navio para unidades hoteleiras da cidade de Lisboa irão permanecer nesses hotéis até ao fim do período de quarentena.

O navio cruzeiro “AIDA Nova” chegou a Lisboa no dia 29 de dezembro de 2021, com 4.197 pessoas a bordo, entre 1.353 tripulantes e 2.844 passageiros, de várias nacionalidades, maioritariamente alemã.

Logo nesse dia foram detectados 14 casos positivos à covid-19, número que aumentou para 52 no dia seguinte, em 30 de dezembro, tendo essas pessoas sido retiradas do navio para hotéis de Lisboa, todas vacinadas e assintomáticas ou com sintomas ligeiros da doença.

No dia 31 de dezembro, as autoridades de saúde deram autorização para a saída do navio, mas o armador optou por permanecer até ao dia 02 de janeiro, dia em que iria para Lanzarote, em Espanha.

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