Da Redação
Com Lusa
O Comando Metropolitano do Porto registrou, no ano passado, um acréscimo de 1,6% de criminalidade geral, mas manteve uma variação negativa de 5% relativamente aos delitos de criminalidade violenta e grave, segundo o comandante, Paulo Lucas.
O responsável, que falava durante a cerimônia comemorativa do 152.º aniversário do Comando Metropolitano do Porto perante a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, apresentou indicadores criminais da região, mas salientou que “o grau de cumprimento das missões e prioridades da PSP não pode ser aferido exclusivamente em função dos índices criminais”.
No ano de 2018 registramos um acréscimo de 1,6% na criminalidade geral, logrando, no entanto, manter uma variação negativa relativamente aos delitos que integram o conceito de criminalidade violenta e grave na ordem dos 5%”, disse Paulo Lucas, acrescentando, de seguida, dados sobre o ano em curso.
“Os indicadores criminais registrados no primeiro semestre do corrente ano, comparados com período homólogo de 2018, apresentam variações negativas tanto na criminalidade violenta como na criminalidade geral”, disse o comandante.
O Comando Metropolitano do Porto está implantado em mais de oito municípios do distrito e comporta um total de oito divisões e 26 esquadras territoriais, 31 esquadras de competência específica, uma Divisão de Segurança Aeroportuária, sedeada no aeroporto Francisco Sá Carneiro, uma Divisão de Trânsito, uma Divisão de Investigação Criminal e uma Força Destacada da Unidade Especial de Polícia.
Em 2018, o comando realizou mais de 7.000 operações policiais que resultaram em 4.300 detenções e 2.200 apreensões de armas. No âmbito da prevenção rodoviária foram realizadas 4.000 operações e fiscalizados 172.000 veículos.
Paulo Lucas considerou que os números registrados no âmbito da sinistralidade automóvel “continuam a ser críticos”, tendo referido que foram registrados no ano passado 13 mortos, 66 feridos graves e 2.975 feridos ligeiros.
No ano passado o Comando Metropolitano do Porto fez o policiamento de 4.716 espetáculos desportivos e, no domínio específico da investigação criminal, a PSP realizou 13.000 processos-crime e efetuou 710 detenções, das quais 137 associadas a situações de violência doméstica.
O comandante destacou, por fim, que foram executadas 539 buscas, das quais 442 domiciliarias, e que foram realizadas inspeções judiciarias em mais de 3.400 cenários de crime.
“Cada vez mais, o país e o distrito do Porto em particular, precisam de uma Polícia empenhada, competente e disciplinada, que não se coíba de representar e exercer a autoridade do Estado. Os desafios que nos esperam são diversificados e complexos, mas acredito que com o envolvimento e dedicação de todos será possível continuarmos a garantir a ordem”, disse Paulo Lucas.
O comandante da PSP do Porto dirigia-se aos polícias presentes na cerimônia, na qual foram atribuídas várias medalhas, bem como um Prêmio Dedicação entregue ao agente principal Manuel Coelho Ferreira, agente que ingressou na PSP em 1981.