Da Redação
O Ministro português da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, apresentou o projeto do Governo de criação de um Centro de Segurança Atlântica na Base das Lajes, nos Açores, na reunião com o Secretário de Defesa dos EUA, James Mattis.
“Portugal considera que chegou a altura de apresentar novas ideias para valorizar aquele que é, de facto, um enorme ativo para a segurança atlântica”, disse o Ministro após a reunião, na qual foram também discutidos outros assuntos.
“A ideia principal, o projeto mais ambicioso, é a constituição de um centro de segurança atlântica nos Açores, que vá muito à frente do academismo, e que represente a valorização de uma das principais capacidades de Portugal”, disse Azeredo Lopes.
O novo centro poderá formar não só oficiais portugueses, mas também de outros países interessados na segurança do Atlântico, incluindo países lusófonos. Azeredo Lopes acrescentou que o centro poderá “no futuro ser reconhecido como um centro de excelência da Aliança Atlântica”.
“O que se tratava agora era de apresentar este projeto aos Estados Unidos, um projeto que achamos que é moderno, que é ambicioso, em que Portugal se compromete, e que depois teria necessariamente uma dimensão multinacional, que envolveria os EUA, mas poderia também, evidentemente, envolver outros Estados”, afirmou ainda.
Aliado antigo e de confiança
O Secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, na abertura do encontro com o Ministro da Defesa Nacional, sublinhou o fato de Portugal ser “um aliado antigo e de confiança” e agradeceu “o apoio contínuo de Portugal aos esforços de segurança da NATO”.
“Estamos juntos e unidos contra aqueles que desejam prejudicar os nossos países. Precisamos da contínua cooperação entre os dois países e de aumentar o nosso compromisso. Quando a situação de segurança muda, devemos mudar também com ela”, afirmou James Mattis, na reunião no Pentágono.
James Mattis elogiou também o apoio de Portugal à missão internacional do Afeganistão e à operação no Iraque, mencionando ainda o apoio de Portugal ao compromisso de Gales e os esforços portugueses no sentido da modernização militar.
O Departamento de Defesa dos EUA, em comunicado, reconheceu que a criação de um centro de excelência no âmbito da NATO “oferece oportunidades para melhorar a educação e o treino, para melhorar as capacidades interoperacionais, para ajudar ao desenvolvimento de doutrina e para testar conceitos. Estes centros não fazem parte da estrutura da NATO, mas formam uma rede mais ampla que apoia os comandos da NATO”.