Da Redação
“Quando todas as instituições internacionais estão a rever o crescimento em alta, significa que estamos a superar as expectativas, não só das instituições nacionais, mas também das internacionais”, afirmou o Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, em declarações aos jornalistas após a inauguração, das novas instalações do grupo industrial Laskasas, em Portugal.
Elogiando os resultados desta empresa do setor mobiliário, que emprega 185 trabalhadores, o Ministro sublinhou que “as pequenas e médias indústrias do Norte do País têm dado um contributo significativo na aceleração da economia e na criação de emprego”. Paredes é o maior produtor nacional de mobiliário.
“Neste momento estamos com um crescimento de 2,8% no primeiro trimestre do ano, e há alguns sinais de que o segundo trimestre possa ter um crescimento superior a esse”, acrescentou Manuel Caldeira Cabral, referindo que, “ao longo de 2017 vamos superar a meta que está em Orçamento do Estado”.
O Ministro concluiu, dizendo que “é bom para o País que as instituições internacionais continuem a rever em alta o crescimento econômico, o emprego, o investimento e as exportações”.
Receita
A receita fiscal cresceu 6,3% no primeiro semestre de 2017, excluindo a aceleração dos reembolsos, um valor consideravelmente acima dos 3% previstos no Orçamento do Estado para 2017, refere o gabinete do Ministro das Finanças.
No mesmo período, a receita bruta de IVA cresceu 6,5%, e as contribuições para a Segurança Social cresceram 5,8%, refletindo a aceleração do crescimento da economia. A evolução do déficit resultou do aumento da receita de 1,0% e da despesa de 1,6%. O excedente primário ascendeu a 2018 milhões de euros.
O déficit das Administrações Públicas durante este período foi de 3075 milhões de euros, tendo aumentado 264 milhões face a 2016, devido à antecipação dos reembolsos fiscais, que cresceu 1536 milhões. Atendendo ao caráter temporário destes reembolsos, o seu efeito não terá impacto no défice final.
No primeiro semestre os reembolsos de IRS foram superiores em 1114 milhões face a igual período do ano anterior, representando um aumento de 84%, justificado pela aceleração no seu processamento. No IVA, os reembolsos aumentaram 403 milhões devido à redução do prazo médio de reembolso o qual, no regime mensal, passou de 26 para 20 dias desde o início de 2017.
A despesa primária das Administrações Públicas apresentou um crescimento de 1,5%, incorporando um aumento muito expressivo de 20,4% do investimento.
A despesa com pessoal aumentou 0,3%, mantendo a desaceleração. O aumento das despesas com pessoal reflete essencialmente a prioridade no investimento em recursos humanos nas áreas da saúde e educação.
A dívida não financeira nas Administrações Públicas – despesa sem o correspondente pagamento, incluindo pagamentos em atraso – reduziu-se em 331 milhões de euros em termos homólogos. O stock de pagamentos em atraso reduziu-se em 73 milhões.