Da Redação
Com Lusa
Cinco pessoas morreram e 153 ficaram feridas, a maioria sem gravidade, devido à passagem em Macau do tufão Hato, o mais forte desde há 18 anos, avançaram as autoridades locais.
Segundo Serviços de Polícia Unitários, os mortos são um homem, de 62 anos e residente em Macau, que “caiu de um prédio”, um outro homem, de 45 anos, turista da China, “atropelado por um camião”, e ainda um outro homem, de 30 anos, trabalhador não residente, que “estava na rua e que não resistiu ao vento forte e bateu contra uma parede”.
Na zona de Fai Chi Kei, no norte da cidade, duas pessoas estão dadas como desaparecidas.
Cerca das 14:30 locais (07:30 em Lisboa), os Serviços de Polícia Unitários ainda não tinham dados disponíveis em relação a feridos.
Até às 14:15 locais (07:15 em Lisboa) as autoridades tinham registrado 154 ocorrências em Macau e nas ilhas, entre as quais desmoronamentos, quedas de árvores e inundações.
Os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau hastearam às 11:30 (04:30 em Lisboa) o sinal 10 de tempestade tropical, devido à aproximação do tufão Hato, o que já não acontecia desde 1999.
Segundo o cônsul-geral de Portugal em Macau e Hong Kong, Vítor Sereno, não há registros de cidadãos portugueses. “De acordo com as autoridades de segurança de Macau, nenhum dos três mortos confirmados e dos dois desaparecidos é cidadão português”, afirmou o diplomata, acrescentando ter já comunicado a informação ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro.
Escola Portuguesa
O tufão Hato provocou os “maiores danos de sempre” na Escola Portuguesa de Macau. Segundo a vice-presidente Zélia Baptista cairam várias árvores e dois muros exteriores, incluindo um mural do artista Vhils.
Aos estragos somam-se várias janelas e portas partidas. “Sem sombra de dúvida foram os maiores danos de sempre”, disse Zélia Baptista.
A ala mais recente da escola foi a mais afetada, por placas que voaram do hotel Grand Lisboa, situado na vizinhança. Segundo disse à agência Lusa, foi feito um levantamento dos estragos, mas “ainda é cedo para avaliar os prejuízos”.
O conselho de administração da Escola Portuguesa de Macau vai reunir-se para planejar as intervenções no edifício, de maneira a conseguir retomar as aulas no dia 6. A Escola Portuguesa de Macau tem mais de 500 alunos entre o 1º e o 12º ano.