Da Redação com Lusa
O chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, está hoje em Luanda para uma visita de trabalho de 30 horas, e é recebido, logo após a chegada, pelo Presidente de Angola, João Lourenço.
Paulo Rangel, que viajou para Angola para preparar a visita que o primeiro-ministro português, Luis Montenegro, irá realizar de 23 a 25 de julho ao país lusófono, a convite de João Lourenço, manterá ainda durante a manhã de hoje uma reunião de trabalho com o seu homólogo angolano, Téte António.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português tem agendada para a manhã de sábado uma visita ao cemitério de Santa Ana, onde acompanhará as obras de requalificação dos talhões militares portugueses.
Nesta tarde, Paulo Rangel encontra-se com a comunidade portuguesa na residência oficial do embaixador de Portugal, Francisco Alegre Duarte.
O regresso a Lisboa está marcado para o início da tarde de sábado.
O convite de João Lourenço a Luís Montenegro para uma visita oficial a Angola foi feito aquando da presença do chefe de Estado angolano em Portugal para as celebrações do 50.º aniversário do 25 de Abril.
João Lourenço fez o anúncio numa declaração à imprensa, no final do encontro com Luís Montenegro, na residência oficial do primeiro-ministro português.
Na ocasião, e referindo-se às relações bilaterais, João Lourenço considerou que “estão no seu melhor”.
Vistos
O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que a mobilidade entre cidadãos angolanos e portugueses é prioritária e que Portugal quer agilizar o processamento dos vistos, enviando 45 especialistas para postos consulares identificados como prioritários.
No encontro no Palácio Presidencial com o Presidente angolano, João Lourenço, Rangel abordou a visita a Angola do primeiro-ministro, a partir de 23 de julho e o atual momento “de excelência” das relações bilaterais.
Sobre a vinda de Luís Montenegro destacou que terá um caráter econômico e pretende promover o diálogo entre empresários angolanos e portugueses para reforçar o investimento em Angola.
“A cooperação esta viva e recomenda-se”, sublinhou o chefe da diplomacia portuguesa.
Questionado sobre a atualização da política de imigração, Rangel frisou que não foi alterada nenhuma lei nem o acordo de mobilidade, tendo sido elencadas quatro prioridades, sendo a primeira a mobilidade dos cidadãos da CPLP.
“Todos os cidadãos da CPLP têm tratamento privilegiado porque há esse acordo de mobilidade que é para levar para a frente, aprofundar e pôr a funcionar melhor”, destacou.
Reconheceu, por outro lado, que “a concessão de vistos é demorada e que “há estrangulamentos”, pelo que Portugal vai deslocar para os consulados da CPLP 45 especialistas “para agilizar esses processos para tornar efetiva a mobilidade da CPLP”.
“Portugal precisa muito de mão-de-obra e os nossos países irmãos têm de ter prioridade”, salientou.
Disse ainda que o acordo de reciprocidade de Segurança Social Portugal-Angola está também na agenda das conversações bilaterais que vai manter com o homólogo angolano, Téte António, sublinhando que a mobilidade passa também pela “facilidade de as pessoas saberem que no futuro, se deixarem de trabalhar ou ficarem doentes, terão os seus direitos sociais”.