Documentário que conta história das ruínas de São Paulo de Macau estreia na China

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Da Redação
Com Lusa

A história das Ruínas de São Paulo, símbolo de Macau, deu origem a um documentário que estreia esta semana na Região Administrativa Especial chinesa e cujas filmagens passaram por Portugal.

O filme “As crónicas de Wu Li no Colégio de São Paulo”, de James Jacinto (realizador e produtor) e Silvie Lai (produtora), conta a história da Igreja e do Colégio de São Paulo, “hoje mais conhecido por Ruínas de São Paulo”, como explica a promoção do documentário.

Para contar esta história, o documentário usa a viagem a Macau do pintor e poeta chinês Wu Li, em finais do século XVII, e retrata ainda outras figuras históricas da mesma época, como os jesuítas Alessandro Valignano, Matteo Ricci e Phillipe Couplet, e o oficial e académico chinês Xu Guangqi.

Para as filmagens, foram feitas reconstituições históricas de espaços e ambientes de Macau e de outras regiões da China durante as dinastias Ming e Qing (séculos XVI e XVII).

Entre as cenas reconstituídas no documentário está a cerimônia de inauguração da Igreja de Madre de Deus, assim como as aulas no Colégio de São Paulo.

Mais de uma centena de atores e figurantes participam no documentário, “trajados à época, recriando o ambiente multicultural da Macau em 1600 e 1700”, ainda segundo a mesma informação divulgada hoje.

Para além de Macau, as filmagens do documentário passaram por Pequim, Hong Kong e Portugal.

As ruínas de São Paulo são aquilo que resta da antiga Igreja da Madre de Deus (construída em 1565) e do Colégio de São Paulo, a primeira instituição universitária de tipo ocidental na Ásia Oriental, ambas obra da Companhia de Jesus e destruídas em 1835 num incêndio.

As ruínas de São Paulo são Patrimônio da Humanidade da UNESCO.

Segundo o ‘trailer’ do documentário, o filme pretende explicar os motivos da escolha de Macau para a instalação da primeira universidade de tipo ocidental na China e dar a conhecer o “período pioneiro do intercâmbio cultural” entre a China e o ocidente.

“Os profissionais envolvidos, desde a equipa de filmagem e produção, aos atores, passando por grande parte dos ‘designers’ e costureiros do guarda-roupa, compositores e intérpretes das músicas, são residentes em Macau”, ainda segundo a informação divulgada hoje.

O filme tem versões narradas em português, inglês, mandarim e cantonense e após a estreia no cinema, esta semana, será transmitido nos canais da televisão pública de Macau (TDM). Foi financiado pelo Governo de Macau, Fundação Macau, TDM e o Galaxy Entertainment Group, uma das operadoras de jogo de Macau.

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