Da Redação
Com Lusa
Os empresários da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reclamaram estratégias para beneficiar a sociedade dos recursos petrolíferos, face à perspectiva dos países membros garantirem, sozinhos, até 27% da produção mundial.
A posição foi anunciada pelo presidente da Confederação Empresarial da CPLP, Salimo Abdula, durante o I Fórum Econômico dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que se realizou em 17 de julho em Luanda.
Em declarações à agência Lusa, à margem deste fórum, Salimo Abdula afirmou tratar-se de um número “muito significativo”, que nos próximos vinte anos, referiu, poderá atingir entre os 25 e os 27% entre os países da CPLP. Defendeu por isso planos “concertados” para que a comunidade lusófona retire benefícios deste posicionamento.
“Para nós sermos relevantes, e com toda esta naturalidade que nós observamos na riqueza que se vai descobrindo dos recursos naturais dos nossos países, a disponibilidade da terra, os recursos humanos disponíveis, tem que ser de forma planejada para melhor usufruímos dos standards de vida dos cidadãos lusófonos no seu todo”, defendeu.
Segundo o presidente da Confederação Empresarial da lusofonia, que está a comemorar dez anos de atividade, a CPLP tem sido mais um órgão político, com base na união linguística, mas pretende-se com este movimento dar um contributo da parte econômica e empresarial.
No discurso de abertura da cimeira, o ministro da Economia de Angola, Abraão Gourgel, referiu que o fortalecimento dos PALOP pode contribuir para a redução das assimetrias entre os Estados-membros, através da exploração racional dos seus recursos naturais.
A agricultura e o agronegócio foram apontados pelo governante angolano como o melhor exemplo do potencial de valorização dos recursos por via da criação de riqueza e de postos de trabalho, aliado à agregação de valor nacional e a valorização das cadeias produtivas.
O evento foi organizado pela nova confederação CE-PALOP, formalizada em Luanda – já integrando como fundadores empresários da Guiné Equatorial -, envolvendo governantes, empresários, gestores e organismos internacionais, além de várias dezenas de convidados.