Covid-19: Partido pede ao Governo plano de prevenção para evitar 2ª onda

Uma utente dos transportes públicos, aguardam pela chegada de um autocarro paragem em Lisboa,7 de abril de 2020. ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Da Redação Com Lusa

Nesta segunda-feira, o presidente do CDS pediu ao Governo português que elabore um “plano de prevenção de covid-19” para evitar uma segunda vaga pandémica e saudou o regresso das reuniões no Infarmed.

À margem duma visita à 54.ª Edição da Capital do Móvel — Feira de Mobiliário e Decoração — Associação Empresarial de Paços de Ferreira, na Alfândega do Porto, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que o Governo, quando anunciou a situação de contingência, gerou um “clima de incerteza econômica e social muito grande, quando devia gerar confiança e previsibilidade aos agentes económicas e às famílias”.

“[O Governo] devia elaborar um plano de prevenção por covid-19 que permitisse a retoma da economia em áreas que neste momento ainda estão suspensas e evitar discriminações entre vários setores como de resto está a acontecer em Portugal”, reiterou.

Questionado pelos jornalistas sobre qual a opinião que tinha sobre o regresso das reuniões de apresentação sobre a “Situação Epidemiológica da COVID-19 em Portugal”, nesta tarde no Porto, com a presença do Presidente da República, primeiro-ministro e de vários especialistas, designadamente Henrique de Barros, do Instituto Saúde Pública da Universidade Porto, e Ana Paula Rodrigues, do Instituto Ricardo Jorge, o presidente do CDS saudou a iniciativa.

“Saudamos o regresso a estas mesmas reuniões que, estou certo, para este fato muito contribuiu a pressão política que foi exercida pelo CDS desde a primeira hora”, declarou, acrescentando que é “positivo” haver uma hora aberta, porque não se deve “esconder o jogo dos portugueses”.

Francisco Rodrigues dos Santos adiantou ainda que a situação pandêmica tem de ser analisada com base em “critérios técnicos”, “objetivos” e de “de saúde pública”, através dos quais sejam acautelados todos os riscos para que se evite “uma segunda vaga” e para que seja necessário que todos os portugueses tenham noção do estado real em que o país se encontra “para evitar cair na esparrela da propaganda do Governo”.

pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infectou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.840 pessoas das 60.258 confirmadas como infectadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes. Um estudo já aponta uma segunda onda da pandemia no país.

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