Covid-19: Macau perde mais de 11 mil trabalhadores não-residentes num ano

Da Redação
Com Lusa

Macau perdeu 11.773 trabalhadores não-residentes em setembro de 2020 comparativamente a igual mês do ano passado, indicaram nesta terça-feira as autoridades.

No final de setembro, o número de trabalhadores não-residentes (TNR), cuja autorização de permanência no território está dependente de um contrato de trabalho válido, era de 181.697, menos 11.773 relativamente ao mesmo mês de 2019, quando tinha 193.470 TNR, de acordo com os dados da Direção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL).

Em relação ao janeiro do corrente ano, quando o território registava 193.498 TNR, Macau perdeu 11.801, e em comparação com agosto passado, com um total de 182.711 TNR, a DSAL contabilizou menos 1.014.

Dos atuais 181.697 TNR em Macau, 114.594 são da China, 31.673 das Filipinas e 12.708 do Vietname, com a maioria a trabalhar em hotéis, restaurantes e similares (47.497) e na construção (27.451).

Macau registou o primeiro caso da covid-19 no território a 22 de janeiro e, desde então, a economia, altamente dependente do turismo, encontra-se praticamente paralisada, com os operadores de jogo a dispensarem centenas de trabalhadores, na esmagadora maioria TNR e oriundos do Sudeste Asiático.

O Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre ‘encolheu’ 58,2%, em comparação com o período homólogo de 2019, e a diminuição no segundo trimestre foi de 67,8%, também em termos anuais.

Ainda assim, como os TNR não contam para a taxa de desemprego porque os titulares deste visto têm de sair do território (salvo exceções), o desemprego em Macau fixou-se em 2,8%.

Macau foi dos primeiros territórios a ser atingido pela pandemia, tendo registado 46 casos. Atualmente, não tem nenhum caso ativo.

Quarentena

Nesta terça, as autoridades de Macau impuseram uma quarentena obrigatória de 14 dias aos residentes do território que tenham estado no distrito de Kashgar, em Xinjiang, província chinesa no noroeste do país.

“A partir das 12:00 de hoje (04:00 em Lisboa), quem entrar em Macau oriundo do distrito de Kashgar, é obrigado a realizar observação médica de isolamento centralizado de 14 dias”, disseram as autoridades.

As autoridades de Kashgar confirmaram a existência de 137 casos assintomáticos da doença causada pelo novo coronavírus, relacionados com uma adolescente infetada, e também sem sintomas, detetada no sábado, durante um exame de rotina.

Além de Kashgar, a quarentena é também imposta a quem tenha estado em Qingdao nos 14 dias anteriores à entrada em Macau.

Situada no leste do país, a cidade portuária de Qingdao tinha detetado um dia antes um surto de covid-19, ao identificar três casos locais assintomáticos relacionados com um hospital de doenças pulmonares, pondo fim a quase dois meses sem casos de covid-19 na China.

Com exceção para estas duas localidades, os residentes de Macau que regressem da China precisam apenas de apresentar o certificado de resultado negativo do teste de ácido nucleico realizado nos últimos sete dias.

A quarentena de 14 dias e a apresentação de um teste de ácido nucleico negativo continuam a ser obrigatórias para os residentes de Macau que “tenham visitado” Hong Kong, Taiwan ou qualquer país estrangeiro “nos 14 dias anteriores à entrada” no território.

Também aos residentes do interior da China que queiram entrar em Macau e tenham estado em Qingdao ou Kashgar nos 14 dias anteriores, serão impostos 14 dias de isolamento. Se não tiverem visitado estas duas localidades, só precisam de apresentar um teste de ácido nucleico negativo.

Os residentes de Hong Kong e Taiwan que pretendam entrar em Macau devem apresentar um teste negativo para a covid-19 e ficar em quarentena de 14 dias nos hotéis designados pelos Serviços de Saúde do território.

Desde 18 de março que é proibida a entrada em Macau a cidadãos estrangeiros.

Macau foi dos primeiros territórios a ser atingido pela pandemia, tendo registado 46 casos. Atualmente, não tem nenhum caso ativo.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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