Da Redação
Com Lusa
A Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, no Porto, vai suspender as aulas por “ter poucas dezenas” de pessoas em isolamento social, depois de contactarem com o quinto infectado com coronavírus em Portugal.
“Vamos suspender a atividade letiva a partir de quinta-feira porque o número de pessoas que temos em isolamento social não nos permite continuar a manter a escola a funcionar. Não estão infetadas, atenção, estão apenas em isolamento social”, adiantou o presidente do Instituto Politécnico do Porto (IPP), João Rocha, onde está integrada esta escola.
Confirmando que um membro da escola está infectado, apesar de não revelar de quem se trata por uma questão de privacidade, João Rocha reforçou que a escola não vai encerrar, mas apenas suspender a sua atividade.
“A escola estará aberta, não haverá é aulas”, vincou.
O presidente do IPP adiantou ainda que as “poucas dezenas” de pessoas que estão em isolamento social por terem estado em contacto com o quinto caso confirmado no país são professores, alunos e funcionários.
Dizendo que a interrupção das aulas causa “naturalmente” transtornos, João Rocha assumiu não saber quando poderá retomar a atividade normal, tendo em conta que o isolamento social é de 14 dias.
O responsável referiu que, a partir de agora, a instituição vai avaliar diariamente se tem ou não condições para retomar a atividade normal.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou cinco casos de infecção, dos quais quatro no Porto e um em Lisboa.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
Restrições
Segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS) não existem restrições à estadia em Portugal de crianças, jovens e adultos que regressem de uma área de transmissão ativa do novo coronavírus, mas faz recomendações.
Numa nota, a DGS sublinha que não há restrições para quem regresse de área com transmissão comunitária ativa do novo coronavírus como o Norte de Itália, China, Coreia do Sul, Singapura, Japão ou Irã.
No entanto, a DGS aconselha que durante 14 dias essas pessoas estejam atentas ao aparecimento de febre, tosse ou dificuldade respiratória, devendo medir a temperatura corporal duas vezes por dia e registar os valores.
Aconselha também a verificarem se alguma das pessoas com quem convivem de perto, desenvolvem sintomas (febre, tosse ou dificuldade respiratória) e caso apareça algum dos sintomas referidos (no próprio ou nos seus conviventes), não devem deslocar-se de imediato aos serviços de saúde.
A DGS recomenda também as pessoas a ligarem para o número da Linha Saúde 24 (808 24 24 24) e a seguir as orientações indicadas.
“Lavar frequentemente as mãos, com água e sabão, esfregando-as bem durante pelo menos 20 segundos e reforçar a lavagem das mãos antes e após a preparação de alimentos ou as refeições, após o uso da casa de banho e sempre que as mãos estejam sujas”, são outras recomendações da DGS.
As pessoas devem também, segundo a DGS, usar em alternativa, para higiene das mãos, uma solução à base de álcool, usar lenços de papel (de utilização única) para se assoar, deitar os lenços usados num caixote do lixo e lavar as mãos de seguida e tossir ou espirrar para o braço com o cotovelo fletido, e não para as mãos.
A DGS recomenda ainda evitar tocar nos olhos, no nariz e na boca com as mãos sujas ou contaminadas com secreções respiratórias, permanecer em locais fechados e muito frequentados nos 14 dias após o regresso e evitar o contacto físico com outras pessoas.
A DGS indicou que, “de acordo com a informação atual, o risco para a saúde pública em Portugal é considerado moderado a elevado”.