Covid-19: Certificados de Cabo Verde passam a ser reconhecidos na UE

Da Redação com Lusa

A Comissão Europeia deu equivalência aos certificados da covid-19 emitidos em Cabo Verde, passando este país a estar ligado ao sistema da União Europeia (UE) de reconhecimento destes documentos, nesta sexta-feira.

Os certificados da covid-19 emitidos pelas autoridades cabo-verdianas passam assim a ser aceites nas mesmas condições que o certificado digital covid-19 da UE, que atesta a vacinação, a validade de um teste PCR negativo ou a recuperação da doença.

Os documentos emitidos por um Estado-membro serão também reconhecidos em Cabo Verde para os devidos efeitos.

Além de Cabo Verde, o executivo comunitário decidiu ainda dar equivalência aos certificados covid-19 emitidos pelo Líbano e Emirados Árabes Unidos. Já o governo do Brasil não aprovou a exigência de certificados para covid-19.

A covid-19 provocou pelo menos 5.278.777 mortes em todo o mundo, entre mais de 267,22 milhões infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Turismo no arquipélago

Já sobre turismo no arquipélago, Cabo Verde registrou um recorde de 819 mil turistas em 2019, mas em 2020 os hotéis de Cabo Verde, segundo dados anteriores do Instituto Nacional de Estatística (INE) de CV, perderam mais de 610 mil hóspedes face ao ano anterior, devido às restrições nacionais e internacionais impostas para conter a pandemia de covid-19.

O número de estabelecimentos hoteleiros em funcionamento em Cabo Verde caiu para metade em dezembro do ano passado, face ao mesmo mês de 2019, com a pandemia a reduzir em 80% a capacidade de alojamento disponível, segundo dados oficiais divulgados anteriormente.

De acordo com o Inventário Anual de Estabelecimento Hoteleiros divulgado em 30 de março deste ano pelo INE, o arquipélago fechou 2020 com 124 estabelecimentos hoteleiros em atividade, o que contrasta com os 284 que estavam em funcionamento um ano antes (-56,3%), devido à ausência de turistas provocada pelas regras internacionais para conter a transmissão da covid-19.

No histórico divulgado no documento pelo INE, o número mais baixo de unidades em funcionamento em oito anos foi registado em 2013, então com 222 em atividade.

Ainda segundo o INE, Cabo Verde fechou 2020 com 2.614 quartos disponíveis (-80%), 4.094 camas (-80,6%), e uma capacidade de alojamento que caiu 79,7% no espaço de um ano.

Das 124 unidades hoteleiras em funcionamento em Cabo Verde em dezembro do ano passado, 33,1% eram pensões, 31,5% residenciais, 23,4% hotéis, 6,5% aparthotéis, 4% pousadas e cerca 1,5% aldeamentos turísticos.

Já em termos de camas, e apesar das consequências da pandemia de covid-19, que deixou a ilha sem voos internacionais de março a dezembro, o Sal continuou a liderar, com 35,2% de todas as que estavam disponíveis em Cabo Verde no final de 2020.

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