Copa: Executivo acusado de chefiar venda ilegal de ingressos está foragido, diz polícia do Rio

Mundo Lusíada
Com agencias

O "bondinho" do Pão de Açúcar, teleférico que une duas emblemáticas montanhas do Rio de Janeiro, completou cem anos desde a sua construção, que na altura contou com o trabalho de operários portugueses, Rio de Janeiro, 29 de outubro de 2012. Foto: LUSA
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A Justiça do Rio acatou o pedido de denúncia do Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro e decretou a prisão de 11 acusados no esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa do Mundo 2014, entre eles, o inglês Raymond Whelan, diretor executivo da Match, empresa ligada à Federação Internacional de Futebol (Fifa). A polícia faz operações para prender Whelan, que está foragido, conforme informou o MP.

Policiais da 18ª Delegacia de Polícia foram ao hotel Copacabana Palace, mas não encontraram Whelan. Das 12 pessoas, O único que não teve a prisão preventiva decretada foi o advogado José Massih, que colaborou com as investigações.

De acordo com o MP, os acusados vão responder por organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Também foram denunciados, segundo o MP, Mohamadou Lamine Fofona, Alexandre Marino Vieira, Antonio Henrique de Paula Jorge, Antonio Henrique de Paula Jorge, Marcelo Pavão da Costa Carvalho, Sergio Antonio de Lima, Julio Soares da Costa Filho, Fernanda Carrione Paulucci, Ernani Alves da Rocha Junior, Alexandre da Silva Borges e Ozeas do Nascimento.

A imprensa internacional repercutiu o caso da prisão de Whelan no Rio. O jornal britânico ‘The Independent’ trazia a manchete: “Copa do Mundo de 2014: o chefão britânico parceiro da Fifa Ray Whelan é preso no Brasil em inquérito sobre desvio de ingressos”. O americano The Wall Street Journal, e o francês Le Monde, detalha a operação e o escândalo envolvendo a Fifa.

O ‘Clarín’, da Argentina, cita “Escândalo da revenda de ingressos respinga em Blatter”. O The Guardian traz a manchete dizendo que a polícia brasileira considera executivo da Match um fugitivo.

Outro lado
A empresa Match Services, que detém direitos exclusivos sobre a comercialização de pacotes de hospitalidade (que inclui ingressos e serviços VIP) da Copa do Mundo, divulgou nota em que considera a prisão de seu diretor, o britânico Raymon Whelan, “arbitrária e ilegal”.

O executivo da empresa, associada à Fifa, foi preso dia 07 e acabou sendo solto por determinação da Justiça fluminense na madrugada do dia seguinte. Na altura, a nota da Match dizia que “a polícia está fazendo suposições sem uma investigação apropriada e sem o mínimo entendimento de como realmente funciona o sistema de venda de ingressos e pacotes de hospitalidade”.

A Match também considerou ilegal o vazamento de “escutas privadas de conversas de Ray”. A empresa diz que a Polícia Civil não quer passar informações sobre os 83 ingressos e pacotes de hospitalidade apreendidos no quarto de Whelan, no hotel Copacabana Palace, na zona sul do Rio.

A nota informa ainda que a Match está disposta a enviar registros de negociações da empresa para a polícia, a fim de provar a inocência de Whelan.

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