COP25: António Guterres quer países do mundo a ultrapassar divisões para salvar o planeta

Antonio Guterres. UN Photo/Mark Garten

Da Redação
Com Lusa

O secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, pediu esta segunda-feira em Madrid a todos os países do planeta para “ultrapassarem” as suas divisões e chegarem a um “entendimento” para lutar contra as alterações climáticas.

“Exorto todas as partes a ultrapassarem as suas atuais divisões e a encontrarem um entendimento comum sobre” a questão da luta contra as alterações climáticas, disse António Guterres na sessão de abertura da Cimeira sobre as alterações Climáticas, conhecida como COP25, que irá decorrer até 13 de dezembro na capital espanhola.

O secretário-geral das Nações Unidas fez um apelo aos representantes de mais 170 países presentes, entre eles 50 chefes de estado e de governo presentes, como o português, António Costa, “para que aumentem” a sua “ambição e urgência” na luta contra o problema.

O ex-primeiro-ministro português recordou que o globo está numa “encruzilhada crucial” e que “milhões em todo o mundo, entre eles muitos jovens”, estão a pedir para os líderes mundiais “fazerem mais”.

“É imperativo que os Governos aumentem substancialmente a sua ambição”, repetiu António Guterres durante a sua intervenção, concluindo que, se não for feito o esforço suficiente, “o impacto em toda a vida no planeta será catastrófico”.

Durante a 25.ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, são esperadas delegações de 196 países, assim como os mais altos representantes da União Europeia e várias instituições internacionais, o que pressupõe “a totalidade dos países do mundo”, de acordo com o Governo espanhol, que organiza a reunião.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, presidiu ao lado de Guterres à sessão de abertura da cimeira, que tem como lema “É tempo de atuar”.

A cimeira sobre o clima estava inicialmente prevista para se realizar no Chile, mas no final de outubro o governo chileno decidiu cancelar o evento alegando não haver condições devido a um movimento de contestação interna e de agitação civil.

O governo espanhol avançou com a proposta de organizar a grande conferência anual sobre Alterações Climáticas e conseguiu ter tudo pronto para a sua inauguração, em Madrid, apesar de a presidência da reunião continuar a pertencer ao Chile.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *