Da Redação
Com Lusa
Uma candidatura da Cooperativa de Felgueiras ao programa VITIS vai permitir investir, a partir de 2020, cerca de 1,4 milhões de euros na renovação de 112 hectares de vinha, segundo a instituição.
Fonte da direção disse à Lusa que a candidatura agrupa 105 viticultores, todos associados da instituição, a maioria do concelho de Felgueiras, mas também de municípios vizinhos.
O apoio será diretamente atribuído aos produtores e vai abranger vinhas com mais de 15 anos, incluindo as que ainda utilizam modelos antigos, pouco produtivos, baseados nas ramadas e nos bardos, que representam atualmente cerca de 25% das uvas que chegam àquela cooperativa todos os anos para vinificação.
Prevê-se, prosseguiu, que aquele apoio faça desaparecer, “quase por completo”, os antigos métodos, o que permitirá incrementar a quantidade e a qualidade das uvas, e, subsequentemente, do vinho verde.
A candidatura, anotou a fonte, foi preparada pelos serviços técnicos da Cooperativa de Felgueiras, com o objetivo de promover a renovação das áreas de produção, através de novas técnicas e adotando castas com maior potencial produtivo e comercial, correspondendo às necessidades previamente identificadas no mercado, nomeadamente de exportação, “que exibe sinais de grande dinamismo”.
A cooperativa estima que as novas vinhas possam já produzir em 2022, ano que deverá refletir ganhos de produção e também no volume de negócios.
Em 2019, a produção na Cooperativa de Felgueiras, a maior na região dos vinhos verdes, foi de 6,5 milhões de quilos, mas a instituição está preparada em termos de equipamentos para receber até nove milhões de quilos de uvas, sobretudo depois de ter adquirido, recentemente, uma nova prensa, de última geração, que incrementou a capacidade de resposta.
A instituição prevê que este ano possa produzir cerca de cinco milhões de litros de vinho verde. Cerca de 35% destinar-se-á ao mercado da exportação, referiu.
Na lista de melhores clientes, por países, a Rússia, os Estados Unidos da América e o Brasil continuam nas três posições cimeiras, prevendo-se que continuem a crescer ao ritmo de dois dígitos.
No caso da Rússia, assinalou a fonte, a apetência mais recente aponta para os vinhos rosados e tintos, o que abre um novo desafio para os viticultores, porque a produção atual é insuficiente.