Da Redação
Com Lusa
A União dos Exportadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (UE-CPLP) considera que a solução para estagnação das economias da organização pode passar pelo incremento da cooperação empresarial, capitalizando o potencial de cada um dos nove Estados-membros.
“Este momento é único, quando há convulsões econômicas, como está a acontecer com os países da CPLP, que passam por uma situação de estagnação, é quando há oportunidades”, afirmou Mário Costa, presidente da UE-CPLP, falando num seminário sobre o potencial de exportações na comunidade, no âmbito da 52.ª edição da Feira Internacional de Maputo (Facim), que decorre desde segunda-feira, no distrito de Marracuene, província de Maputo.
As capacidades do Brasil e de Portugal no plano do conhecimento, tecnologias e aposta na internacionalização das suas empresas, prosseguiu Costa, podem ser complementadas com o potencial de países como Angola e Moçambique em recursos naturais e necessidade de diversificação econômica.
“Temos, por um lado, Brasil e Portugal, com conhecimento, tecnologia e investimento, e temos, por outro lado, economias virgens e com abundância de recursos naturais, como Timor-Leste, Angola e Moçambique”, realçou.
Para o presidente da UE-CPLP, a aposta no incremento da cooperação empresarial pode catapultar a organização para um estatuto de potência econômica mundial, dada a grandeza do mercado que representa e o seu potencial econômico.
Por seu turno, o presidente do Instituto de Promoção das Exportações (IPEX) de Moçambique, João Macarringue, realçou igualmente a necessidade de os países da CPLP potenciarem os seus recursos econômicos, como forma de gerar prosperidade para os seus cidadãos.
“Os poucos resultados até agora alcançados no quadro da CPLP a nível econômico são uma amostra dos grandes benefícios que podem ser conseguidos com uma aposta mais robusta na cooperação”, afirmou Macarringue.
O presidente do IPEX apontou o apoio que tem sido prestado pela UE-CPLP para a exportação de produtos agrícolas moçambicanos como uma das mais-valias da cooperação econômica na organização.
O presidente da Comissão Executiva do Banco Comercial e de Investimentos (BCI) de Moçambique, participado pela CGD e pelo BPI, Paulo Sousa, enfatizou a necessidade de soluções financeiras viradas ao apoio à exportação como ferramenta essencial para a internacionalização das empresas de Moçambique, em particular, e da CPLP, no geral.
“Hoje temos desenvolvidas soluções financeiras aptas a apoiar a internacionalização das empresas, porque entendemos que é por ai que passa o crescimento e o desenvolvimento econômico”, acrescentou Paulo Sousa.