Consulado de Santos comemora 5 anos de serviços com elogios

Porém o cônsul cobra mais empenho, agilidade e resposta da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas.

 

José Augusto do Rosário e Armênio Mendes no Consulado de Santos. Foto: Mundo Lusíada
José Augusto do Rosário e Armênio Mendes no Consulado de Santos. Foto: Mundo Lusíada

Por Odair Sene

O cônsul honorário de Portugal em Santos, Armênio Mendes, interou cinco anos à frente do Consulado Honorário, que vem crescendo também em elogios. Para o cônsul, “estamos nos superando a cada ano”.
Armênio Mendes, juntamente com o gestor do órgão, José Augusto do Rosário, o responsável por todo o serviço, fez uma avaliação dos cinco anos completados em 27 de janeiro. Houve, segundo o cônsul, uma progressão ao longo deste período de movimento e de receitas.
“Consulado não é uma empresa, é apenas repartição do Estado português, a serviço da comunidade portuguesa, e certamente a comunidade está feliz com o trabalho que temos desenvolvido, e nós também que estamos à frente deste trabalho estamos felizes porque conseguimos alcançar e atender a expectativa da comunidade portuguesa”.
Além do atendimento, foi além do esperado no Consulado de Santos o volume de cidadania concedidas à portugueses nestes cinco anos, que somam mais de 6 mil cidadanias. “Certamente temos mais portugueses hoje aqui, ‘fabricados’ através do Consulado com a nacionalidade dada aqui, mas isso nos dá uma grande satisfação exatamente porque esse trabalho desenvolvido pelo Consulado, e principalmente pelo José Augusto que é figura principal, leva as pessoas a ter interesse em pedir a cidadania, o que antigamente era difícil” diz o cônsul honorário comentando que o processo que demorava antigamente passou a ser mais ágil.
A avaliação deste período para Armênio Mendes é muito positiva, afirma. “Digo as vezes, o sucesso de qualquer entidade, atividade, seja ela privada ou pública, depende de quem está à frente. Aproveito a oportunidade para dirigir o meu agradecimento à todo quadro que está à frente do dia a dia e que tem desempenhado esse trabalho tão bem”.
Sobre o Cartão cidadão, o qual o Mundo Lusíada publicou na altura do lançamento em Santos, o cônsul honorário diz que é o único produto que é agendado no Consulado de Santos. “Temos apenas uma máquina, e havia um volume represado, porque não fazíamos isso aqui. E agora as pessoas vêm todas de uma vez. A capacidade da máquina é fazer em torno de 15 cartões por dia, então temos que agendar. O governo ficou de mandar a segunda máquina, não mandou até agora” diz Armênio citando a importância de ter uma segunda máquina quando ela apresentar algum defeito e assim poder atender. Mas espera que em um ano, depois dessa “avalanche de pedidos [dos usuários]”, uma máquina acaba atendendo a população.

Burocracia Burra
A preocupação do Consulado hoje passa pelos funcionários, já que sempre deve haver alguém para atendimento a qualquer serviço que o utente precise. “Nós já solicitamos diversas vezes ao Secretário de Estado para que eles efetivem o José Augusto no cargo, exatamente para que ele possa me substituir assinando por mim quando não estou. Não fomos atendidos, mas continuamos reivindicando. A alegação é que ele já superou o limite de idade para ser integrado ao quadro de funcionários do Consulado, e eu acho o que tem que ser levado em conta é o serviço prestado, e se as pessoas se desligam do Consulado com 70 anos, aos 50 anos elas tem mais competência para atender e mais conhecimento dos fatos do que alguém jovem que venha ser integrado ao quadro e que não tenha esta habilitação ou condição” reclama.
Para o cônsul, as autoridades devem rever a própria lei para auxiliar seus Consulados, e nesta questão de idade, relevar ou superarem de forma a aproveitarem as pessoas que são capazes. Esse tramite foi chamado pelo cônsul honorário de “burocracia burra”.
“Existe uma campanha no mundo inteiro que diz ‘aproveite o seu velhinho que ele tem mais eficiência’. Se analisarmos, os secretários de Estado todos têm mais que isso, o presidente da República chega lá com mais idade. Se eles chegam lá com mais idade é porque as pessoas reconhecem nele competência e sabedoria. Ao meu ver, o que tem que ser avaliado não é a idade e sim a competência”.

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