Consórcio para viagens: modalidade pode ser alternativa para quem quer viajar

Com demanda reprimida, pesquisas apontam vontade de retomar as viagens depois do período de pandemia, mas também a preocupação econômica do momento.

 

Da Redação

De acordo com dados do estudo “Pulso Expectativa 2022”, divulgado no primeiro semestre deste ano pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, os brasileiros estão ansiosos para retomar a rotina anterior à Covid-19, sendo que 43% dos entrevistados afirmaram que possuem planos de viagem ainda em 2022.

Com a retomada econômica avançando a passos lentos no Brasil, uma das principais dificuldades encontradas por aqueles que querem viajar é o levantamento de recursos. Neste caso, Thiago Almeida, sócio-fundador e Product Manager da Turn2C, solução de inteligência artificial (IA) para o mercado de consórcio, explica como o Consórcio Inteligente pode ser uma alternativa para os que buscam se organizar para viagens.

“Se programar financeiramente sempre foi essencial para não só viabilizar, como também evitar contratempos durante as viagens. Hoje, a tecnologia permite que a modalidade de consórcio também seja uma ferramenta eficiente para se alcançar esse objetivo”, diz.

Thiago explica que para utilizar o consórcio como meio para levantar recursos de uma viagem é essencial ter o objetivo da viagem definido, ou seja, quando, onde e quanto se pretende gastar. Além disso, é importante comprar a viagem através de uma agência que emita nota de serviço.

Antes de fechar o contrato é importante que o cliente atente-se aos seguintes fatores: os valores e prazo de pagamento; o valor do lance; e o tempo para atingir o objetivo. A Turn2C fintech desenvolveu uma solução capaz de entregar até 97% de acuracidade em seus modelos de previsibilidade.

“O grande diferencial de mercado é que, enquanto o parcelamento diretamente nas agências é de 12x, com consórcio pode chegar a 36 meses, aliviando o valor das parcelas para os clientes”, destaca.

Como principal orientação, Thiago Almeida aponta a importância de se compreender o real objetivo do consórcio, que é um autofinanciamento e não uma categoria de investimento, como por vezes é classificada equivocadamente no mercado. “Ao compreender que não se compra um consórcio e sim o utiliza como forma de alcançar determinado objetivo todo o ecossistema da modalidade passa a operar de forma mais eficiente e satisfatória para todos os envolvidos”.

Hoje, a solução da Turn2C, que opera por meio de inteligência artificial (IA), permite que o consórcio seja utilizado como um facilitador para alcançar os mais diversos objetivos, seja a compra de carro, casa, moto, ou até mesmo serviços, como viagens e cirurgias. Neste cenário, tira-se da equação o principal gargalo da modalidade, que é não saber quando ocorrerá a contemplação.

Turismo tem alta de 12%

O turismo brasileiro deve movimentar, até o final de 2022, mais de R$ 68 bilhões, o que representa uma vantagem de 12,4% em relação ao ano passado, quando esse número foi de R$ 60,5 bilhões. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há quase 30 anos, com base em dados oficiais.

Embora o cenário seja de otimismo, o estudo mostra que o setor não conseguirá ainda recuperar as perdas obtidas com a pandemia. Em 2019, por exemplo, o potencial de consumo em viagens chegou a R$ 71,6 bilhões.

Nos cálculos acima, são levadas em conta despesas com alimentação, hospedagem, passagens aéreas e de ônibus, combustível e excursão.

Na contramão desse consumo em recuperação, destaca-se a queda na quantidade de empresas turísticas no País. Segundo o IPC Maps, dos 78.046 estabelecimentos de viagens existentes em 2021, mais de 6 mil fecharam suas portas, totalizando atualmente 71.752 unidades instaladas no Brasil.

Turistas na Europa

Já de acordo com a pesquisa International Vacation Confidence Index, encomendada pelo Grupo Allianz Partners, a situação econômica incerta representa o principal desafio para os viajantes que desejam explorar diferentes países durante o verão europeu.

O estudo foi realizado pela empresa OpinionWay com o objetivo de obter uma visão sobre os níveis de confiança em viagens e identificar os principais desafios enfrentados pelos turistas. Ao total, foram ouvidas mais de nove mil pessoas na Áustria, França, Alemanha, Itália, Espanha, Holanda, Suíça, Reino Unido e EUA.

Embora o impacto da pandemia na vida cotidiana pareça estar diminuindo na maioria dos países, metade dos entrevistados afirmam que a alta nos custos das viagens deve desencorajar as escapadas no verão europeu. Da mesma forma, 47% disseram que sua situação financeira tem diminuído as ambições para os roteiros no exterior. Enquanto isso, aqueles que não estão planejando viajar pela Europa nos próximos meses, afirmaram que o principal motivo é o custo das viagens.

Apesar da inflação, os orçamentos previstos para as férias de verão continuam bastante altos e semelhantes aos vistos no inverno passado. Entre os entrevistados, 27% não poderão viajar para o exterior por causa do aumento dos preços e 16% preferem economizar seu dinheiro a se aventurarem país afora.

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