Mundo Lusíada
Odair Sene | Mundo LusíadaNo passado 08 de novembro, o Conselho da Comunidade Luso Brasileira do Estado de São Paulo constituiu mais um marco para o órgão e para a comunidade portuguesa: a inauguração de um espaço de trabalho chamado “Valentim dos Santos Diniz”, no edifício da Casa de Portugal de São Paulo.
“Quase todas as associações portuguesas em São Paulo estão aqui hoje. É mesmo um sinal de apoio. E este espaço é para que elas exercitem essa função que o Conselho tem porque quem dirige o Conselho são as associações”, disse o presidente do órgão, Antonio de Almeida e Silva, que deseja agora “honrar a confiança” das associações luso-paulistas.
Durante a inauguração da sala, o Cônsul Geral de Portugal em São Paulo, Luís Barreira de Sousa falou sobre o órgão representativo e sobre Comendador Valentim dos Santos Diniz como um “grande exemplo”. O órgão fundado pelo Com. Diniz tinha a intenção de unificar as associações portuguesas do Estado de São Paulo, em uma representação unitária. “Um homem que veio para cá novíssimo e que rapidamente criou o maior grupo distribuidor brasileiro, que passou obviamente por várias fases de crescimento e afirmação na sociedade brasileira, e que teve a sorte depois de um processo de sucessão, com algumas tribulações, ter encontrado no filho mais velho um grande espírito empresarial”, disse o Cônsul sobre o dono da rede Pão-de-Açúcar, exemplo no Brasil e no mundo, segundo ele. Defendendo uma biografia do empresário, o cônsul disse que “é um livro que falta escrever, não está escrita a biografia do Comendador, mas precisaria ser escrito para servir de exemplo às novas gerações”.
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O evento contava com a presença confirmada de Valentim dos Santos Diniz, porém, de acordo com a secretária, ele que já não se locomove com facilidade (aos 93 anos), teria tido indisposição. Emocionado, o presidente do Conselho, Antonio de Almeida falou sobre o Comendador, com quem trabalhou por 11 anos, desde a fundação do órgão. “Eu pude acompanhar o idealismo deste homem, o que ele fazia em absoluto anonimato, não gostava de falar em muitas pessoas, até as associações que ele ajudou foi sempre no anonimato, é uma das maiores referências na nossa imigração. Eu tenho muito orgulho, temos um carinho pelo outro enorme, eu fiquei muito emocionado mesmo porque é uma pessoa que respeito muito”.
Após a inauguração, os conselheiros aproveitaram a oportunidade para realização de três assembléias do Conselho da Comunidade Portuguesa, com a presença de diversos presidentes de associações. Além da aprovação orçamentária de 2007, e a reforma estatutária, foi promovida uma discussão aberta, como a primeira assembléia-piloto de tema livre abrindo espaço às entidades através dos representantes presentes. “A partir de fevereiro vamos fazer periodicamente assembléias abertas à comunidade toda”, disse Almeida e Silva.
Descerramento – A placa mostrando os nomes do presidente Antonio de Almeida e Silva, do seu vice Rui Fernão Mota e Costa e uma lista de membros, foi descerrada na nova sede social do Conselho por Joaquim Justo dos Santos e pelo cônsul de Portugal em São Paulo, Luís Barreira de Sousa. Outro descerramento exibindo um quadro do comendador Valentim dos Santos Diniz (pintado à mão), foi pelas mãos de Almeida e Silva, Justo dos Santos e Luís Barreira. O pintor Leandro Nero demorou cerca de 25 dias para finalizar o quadro do Comendador baseando-se em foto oficial.Organização de AgendaDe acordo com o presidente do Conselho, Antonio de Almeida e Silva, será criada uma comissão, antes do fim do ano de 2006, para que todos os diretores sociais sejam convocados para uma reunião com seus respectivos calendários.
Dessa forma, as associações poderão conciliar as datas e elaborar um calendário em que as datas não se choquem, e não aconteça diversos eventos no mesmo momento, como vem acontecendo na comunidade de São Paulo. “O calendário é uma das coisas que nós vamos por em prática a partir de janeiro de 2007”.