Último evento do ano na Casa Ilha da Madeira de São Paulo teve cultura e visita oficial

Por Odair Sene

Em 24 de novembro, a Casa Ilha da Madeira de São Paulo promoveu a sua última festa do ano. A festa de São Martinho, um dos eventos mais populares na casa, e que recebe há 30 anos o grupo coirmão de Santos, o Rancho Típico Madeirense, para essa comemoração.
Ao Mundo Lusíada, o presidente Manuel Dias Bittencourt falou sobre o público da casa e 2019 como um dos melhores anos. “Na casa eu sempre vi um aumento de frequência, o que é mais importante, é ter pessoas diferentes, que não frequentavam a comunidade e hoje estão frequentando, porque aqui é um público muito diferenciado”, diz ele citando um público local, da zona norte de São Paulo, mais jovem, casais da faixa dos 30 anos, que nunca frequentaram a comunidade portuguesa antes.
“Uma das razões seria que a população da nossa região aumentou, fizeram muitos prédios, talvez seja um chamativo para uma entidade como a nossa, que é uma entidade portuguesa e eles querem conhecerem e acabam voltando sempre”.
Segundo Bittencourt, o ano foi um dos melhores para a casa. “Foi um dos melhores anos, tivemos sempre uma frequência boa, dentro do esperado, nossa perspectiva é sempre com uma certa receita. E as festas em si não dão muito lucro, é mais para termos o calendário das nossas atividades e o objetivo é sempre divulgar a nossa cultura. Mas em público foi um dos melhores anos”.
O presidente também defende o folclore, mantendo um grupo folclórico adulto e um outro infanto-juvenil, além de receber ranchos folclóricos de outras entidades portuguesas. “É sempre bom termos uma integração entre todas as casas, inclusive esse ano procuramos trazer duas ou três atrações em cada festa. Então a integração é muito boa, porque nosso folclore é da Ilha da Madeira, e divulgar também o folclore português de Trás-os-Montes, Minho, e demais regiões é muito importante”.
Sobre a participação do grupo coirmão de Santos, o presidente disse que a casa “faz questão” de convidar o mesmo grupo já há décadas para esse encerramento madeirense. “Isso é uma tradição de muitos anos, e fazemos questão de continuar isso até que eles não queiram mais”.
Além do folclore de Santos, e do folclore da casa com o Grupo Folclórico Adulto da Casa Ilha da Madeira, e o Folclore e Etnografia Região Autônoma da Madeira, se apresentou também o cantor Roberto Gomes, do Rio de Janeiro, mas teve sorteios de brindes, e muita comida típica, lanches e bebidas.
A entidade também recepcionou o deputado recém eleito Paulo Porto, do PS (que estava acompanhado do Jorge Rosmaninho). “Ele iniciou sua vinda para a comunidade portuguesa aqui na Casa Ilha da Madeira, iniciou no jurídico, depois foi presidente do Conselho por vários anos, e hoje graças a Deus vemos ele lá no Parlamento e mais junto da Secretaria de Estado das Comunidades, para nós é muito orgulho”, finalizou.

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