Portugal tem maiores remessas de emigrantes da UE

Da Redação
Com Lusa

No último ano, os emigrantes portugueses enviaram mais de 3 mil milhões de euros para o país.

Com um total de 3.343 milhões de euros, Portugal tem o maior saldo, entre os Estados-membros da União Europeia (UE), de verbas provenientes de pessoas residentes fora do país, divulgou o Eurostat.

Num total de 24.064 milhões de fluxos de emigrantes na UE, Portugal tem a maior ‘fatia’ (3.343), seguindo-se a Polônia (3.014), o Reino Unido (2.454) e a Romênia (2.449 mil milhões de euros), segundo dados de 2016.

Considerando remessas de emigrantes residentes noutros Estados-membros, a Polônia passa para primeiro lugar (2.654 milhões de euros), a Romênia para segundo (2.141) e Portugal para terceiro (2.091 milhões de euros).

O gabinete de estatísticas da UE nota, por outro lado, que as verbas recebidas por Portugal dizem apenas respeito a remessas de trabalhadores expatriados.

Os imigrantes residentes em França são os que que mais remessas enviam em toda a UE (9.986 milhões de euros), seguindo-se os que estão no Reino Unido (7.086), em Espanha (6.765) e na Alemanha (4.214 milhões de euros). Da UE, saíram 42.476 pessoas em 2016, sendo o saldo das entradas negativo.

Confiança

As remessas dos emigrantes têm vindo a crescer de forma consolidada, o que demonstra a confiança dos portugueses da diáspora no futuro de Portugal, para o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. “Contrariamente a algumas afirmações feitas, sobretudo, na transição de 2015 para 2016, as remessas dos emigrantes para Portugal têm vindo a crescer de uma forma consolidada”, declarou à Lusa José Luís Carneiro.

Segundo o secretário de Estados “as remessas cresceram de 2015 para 2016. Cresceram também de 2016 para 2017, ou seja, tem vindo a crescer porque o ano ainda não terminou, mas tudo indica que os números serão ainda melhores aos relativos a 2016”.

“Isso significa que os portugueses no mundo continuam a dar sinais muito claros de que confiam no seu país e que apostam em Portugal em relação ao seu futuro, ao que esperam encontrar para si próprios e para os seus descendentes”, sublinhou.

O gabinete de estatísticas da UE nota, por outro lado, que as verbas recebidas por Portugal dizem apenas respeito a remessas de trabalhadores expatriados. “À luz dos indicadores que vamos tendo do Observatório da Emigração, embora ainda não sejam dados definitivos, pois estamos a preparar ainda o relatório da emigração, estes dados mostram que há uma ligeira descida, que já é visível, nas saídas dos portugueses para o estrangeiro”, afirmou Carneiro.

“Este sinal também é muito positivo, porque são sinais, todos eles, que concorrem para uma mesma conclusão, de que os portugueses no mundo estão a confiar mais no seu país e no futuro do seu país. Esta é, de fato, uma mensagem muito importante”, acrescentou o secretário de Estado.

José Luís Carneiro também disse que, em 2016, foram alcançados os maiores números de sempre no que diz respeito a atos consulares, com mais de 1.960.000 destes realizados nos postos diplomáticos. “Este ano vamos ainda superar este número. Estamos convencidos que vamos ultrapassar os 2 milhões de atos consulares”, acrescentou.

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