Da Redação
Segundo o deputado do PS, Paulo Pisco, o projeto para a criação do Museu Nacional da Emigração, em Matosinhos, “um sonho antigo das comunidades portuguesas”, vai dignificar e valorizar a história da emigração portuguesa.
“É um projeto de uma grande importância em termos culturais, em termos econômicos, em termos turísticos”, defendeu o socialista.
No início do mês, ele esteve em reunião com a presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, para discutirem o projeto e previsão de calendário. A obra deverá arrancar ainda em 2020, o mais tardar em 2021.
De acordo com o parlamentar do PS eleito pelo círculo da Europa, o museu vai “valorizar a região do Porto” e também as comunidades. “Isso faz parte do conceito que deve estar subjacente à criação deste museu, que é procurar uma dignificação, uma valorização e um reconhecimento de importância que, ao longo da nossa história, a emigração sempre teve para Portugal”.
Paulo Pisco, autor da iniciativa aprovada na Assembleia da República em 27 de outubro de 2017 para fazer nascer este projeto, explicou que o Governo está a apostar na diáspora, sendo que “este é mais um dos elementos que vem contribuir para esta valorização e reconhecimento extraordinário de potencial que as comunidades lusas espalhadas pelo mundo têm”.
O socialista frisou que se trata de um “projeto de sonho de muitos dos portugueses que partiram, um sonho de muitos portugueses e de muitas gerações de portugueses que viveram no estrangeiro e começaram a ganhar forma de se concretizar depois de um percurso político, cuja ideia teve de ser primeiro aprovada no Congresso do Partido Socialista, teve de ser aprovada numa resolução da Assembleia da República e agora vai começar finalmente a materializar-se”.
A presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, desvendou que o Museu Nacional da Emigração vai ser instalado num edifício municipal, um “edifício icônico onde funcionava uma das grandes indústrias com empresas de conservas de peixe em Matosinhos”, que a Câmara Municipal adquiriu.
A socialista avançou que está em andamento o projeto de arquitetura das especialidades para “adaptar a antiga fábrica de conservas ao novo cais das migrações”.
O trabalho desenvolvido está a ser feito em articulação com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, com a secretaria de Estado das Comunidades e com o Ministério da Cultura, porque a ideia, adiantou Luísa Salgueiro, é que “este seja um Museu Nacional e que tenha dimensão, ultrapasse as fronteiras de Matosinhos” declarou.
“Estamos neste momento a desenvolver com grande entusiasmo este trabalho e esperamos que brevemente já se possa visitar o lugar e perceber o que lá vai acontecer” finalizou.
O Museu da Diáspora terá um auditório para 90 pessoas, espaços multimédia, jogos interativos, projeção de filmes, serviço educativo, galeria, entre outros, e incidirá sobre a emigração e a língua portuguesa.