Fundo para emigrantes e investidores estrangeiros em Portugal é “sem paralelo na UE”

Da Redação
Com Lusa

O fundo de 200 ME para os emigrantes e investidores estrangeiros investirem em empresas em Portugal é “um fundo sem paralelo na União Europeia” e uma das medidas destacadas pelo Governo português no quarto encontro de investidores da diáspora.

“Um fundo de investimento que designamos por 200M que tem uma participação pública no montante de 100 milhões de euros [ME] e terá uma participação privada também de igual montante. Este fundo destina-se a apoiar atividades de investimento de empresários que queiram concretizar projetos e participações de capital em empresas”, anunciou o secretário de Estado Adjunto e da Economia, nesta sexta-feira.

João Neves adiantou que “é um fundo com características especiais” que existe em Portugal e que, “pelas suas características, não têm paralelo com aquilo que são intervenções de fundos desta natureza na União Europeia”.

O secretário de Estado falava no quarto encontro de investidores da diáspora, em Viseu, no painel da informação institucional sobre “as políticas, mecanismos e medidas de apoio ao investimento e à internacionalização na perspetiva da diáspora”.

“Portanto, é um instrumento privilegiado para aqueles investidores que pretendam apostar em empresas em Portugal que tenham características de afirmação do valor econômico a partir do conhecimento, da investigação e desenvolvimento”, especificou.

Entre as várias medidas apresentadas por João Neves, o governante destacou este fundo que, no seu entender tem “uma enorme importância do ponto de vista financeiro e é um fundo que pode ser bem utilizado pelos investidores da diáspora no sentido de apostarem em investimentos, em empresas em Portugal”.

A secretária de Estado do Turismo apresentou dados do turismo, como um crescimento “na ordem dos 7%, ou seja, a um ritmo que é o dobro da União Europeia e, ao nível das receitas, Rita Marques disse que, em setembro, Portugal atingiu, “pela primeira vez, um mês recorde”.

“Já tínhamos atingido dois meses, julho e agosto, 2000 ME de receitas e este setembro de 2019 foi o terceiro mês do ano que atingimos também este nível de receitas e depois temos mercados verdadeiramente impressionantes que estão a crescer a um ritmo alucinante, também devido á diáspora”, destacou Rita Marques que disse que o turismo representa 13% do PIB nacional.

Neste sentido, a governante também apresentou algumas medidas de apoio ao investimento, que fazem parte do plano estratégico ET2027, com “programas desenhados para reforçar dinâmicas em países onde a diáspora é forte” e, para fazer crescer o número de noites em Portugal, que “tem uma média de 2,7 noites”, “há linhas específicas para que a oferta turística se possa robustecer”.

“Sobre a nossa preocupação em diminuir todos os custos administrativos associados ao licenciamento de unidades hoteleiras, temos trabalhado com os municípios de modo a garantir que o processo associado à abertura de um estabelecimento hoteleiro seja cada vez mais facilitado e que não seja motivo de desincentivo”, adiantou Rita Marques.

O IV Encontro de Investidores da Diáspora é uma iniciativa conjunta da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, através do Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora (GAID), em parceria com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e com a Comunidade Intermunicipal de Viseu-Dão-Lafões, com o apoio da Câmara de Viseu.

Os Encontros de Investidores da Diáspora, que se realizam anualmente desde 2016, visam disponibilizar aos empresários portugueses no estrangeiro o acesso a informação sobre as políticas públicas de apoio ao investimento existentes em Portugal e facilitar a criação de redes de contacto e de parcerias com os empresários que aqui exercem a sua atividade.

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